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Yeltsin Jaques quebra recorde e é ouro no Mundial de atletismo

Nos 5000m rasos, para a classe T11, o brasileiro quebrou o recorde mundial da prova e conquistou a medalha de ouro do torneio; o Brasil conseguiu mais quatro pódios na abertura do evento, no Japão

Yeltsin Jaques, medalhista de ouro no Mundial de atletismo paralímpico (Reprodução/Twitter/@ParaAthletics)
(Reprodução/Twitter/@ParaAthletics)

Primeiros pódios no Brasil no Japão! Na abertura do Mundial de atletismo paralímpico, realizado na cidade de Kobe, cinco brasileiros conquistaram medalhas para o país no primeiro dia de disputa do evento. Yeltsin Jacques e Júlio Cesar Agripino fizeram a dobradinha de ouro e prata nos 5000m rasos, para a classe T11 (deficiência visual), com direito a quebra de recorde mundial. O mesmo ocorreu no salto em distância feminino T20 (deficiência intelectual), onde Zileide Cassiano e Débora Lima terminaram nas primeira e segunda colocações, respectivamente. Vinicius Krieger também acabou com a prata nos 100m rasos, da classe T72 (petra).

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Pódio duplo nos 5000m

Na primeira final do dia nas provas de pista, Júlio Cesar Agripino e Yeltsin Jacques representaram o Brasil na decisão dos 5000m rasos da classe T11. Liderando a disputa de ponta à ponta, Júlio foi ultrapasso no terço final do percurso e terminou com a medalha de prata (tempo de 14min57s70). Com a estratégia contrária ao do seu compatriota, Yeltsin disparou na reta final e acabou campeão mundial pela segunda vez na carreira, primeira nos 5000m, com direito a quebra de recorde mundial (14min53s97). Bronze para o japonês Kenya Karasawa (15min03s25).

“Estou muito feliz, foi uma prova muito forte, com vários atletas fazendo suas melhores marcas da vida. Mas a gente conseguiu se sair bem. Tivemos muito controle na prova, largando mais atrás para depois impor um ritmo mais forte nos últimos 1.500 metros”, explicou Yeltsin, que contou com os guias Antônio Henrique Lima e Guilherme Santos na prova.  

Dobradinha no salto

No salto em distância feminino, para a classe T20, Zileide Cassiano teve o melhor desempenho entre as brasileiras na prova. Com a marca de 5,80m, ela finalizou a disputa com a conquista da medalha de ouro, seu primeiro título mundial na carreira. Débora Lima fechou sua participação com 5,54m e levou a prata. Além disso, Jardênia Félix (5,43m) acabou em quarto lugar. “Não foi fácil não, estávamos um pouco nervosas. Mas uma apoiou a outra e conseguimos essa medalha e mais uma dobradinha para o Brasil”, comemorou Zileide.

Zileide Cassiano e Débora Lima, medalhistas brasileiras no salto em distância feminino no Mundial de atletismo paralímpico (Divulgação/Comitê Paralímpico Brasileiro)

Por fim, no último pódio do Brasil no dia, o jovem Vinicius Quintino, de apenas 17 anos, ficou com a segunda posição na prova de 100m rasos para a classe T72. Ele completou o percurso no tempo de 17s54, atrás do italiano Carlo Fabio Marcello Calcagni (15s39) e na frente do lituano Deividas Podobajevas (17s82). Apesar da pouca idade, ele já havia subido no pódio em um Mundial de atletismo, conquistando o bronze na edição de Paris-2023.

Já nas classificatórias dos 100m rasos da classe T47 (amputados de braço), Petrúcio Ferreira e Washington Júnior avançaram para a decisão. Eles alcançaram os tempos de 10s82 e 11s15, respectivamente, e brigarão por medalhas no próximo domingo (19). Por outro lado, Kesley Teodoro fechou o mesmo percurso, mas para a classe T12, em 11s11 e foi eliminado do torneio.

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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