A um mês da estreia da seleção brasileira no Campeonato Mundial de atletismo paralímpico, que acontecerá no Japão, o velocista Ricardo Mendonça conseguiu fazer a melhor marca nos 100m rasos, da classe T37 (paralisados cerebrais), dos últimos dois anos nesta quinta-feira (18), no primeiro dia do Open Internacional. O torneio segue acontecendo no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, nesta sexta-feira (19), com provas de 400m, 800m, lançamento de disco e salto em distância.
Ricardo, ouro nos 100 e nos 200m no Mundial de Paris, no ano passado, e bronze nas Paralimpíadas de Tóquio-2020, correu primeiramente as eliminatórias da prova em 11s19. Posteriormente, na final, o atleta fluminense atingiu 11s09, melhor tempo do ano, que até então era os 11s36 do acreano Edson Cavalcante. Ele também superou o primeiro lugar de 2023, que era 11s10, feitos pelo próprio quando conquistou o título dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago.
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A marca só não foi mais rápida que os 11s05 cravados por Ricardo Mendonça no Desafio CPB/CBAt de março de 2022. “Estou muito feliz, treinando aqui no Centro de Treinamento Paralímpico agora. Agradeço a essa equipe de profissionais de fisioterapia que salvou meu joelho, já que eu estava voltando de lesão. Felicidade de correr bem. Agradecer a todo trabalho feito comigo”, afirmou o velocista.
Ele está entre os 42 dos 50 atletas que foram convocados para o Mundial de atletismo e competem no Open. Esta é a primeira disputa no CT Paralímpico com a seleção brasileira desde o anúncio da lista oficial dos esportistas que irão para a competição na Ásia. “Eu quero a cereja do bolo. Eu quero o que todo atleta quer, o topo do mundo. A nossa preparação está focada nesse Mundial e nos Jogos de Paris-2024”, completou Ricardo.
Recordes do dia
O primeiro dia do Open Internacional de atletismo paralímpico reservou alguns recordes brasileiros. Um deles foi o paraibano Joeferson Marinho, da classe T12 (deficiência visual), que bateu o recorde nacional dos 100m com a marca de 10s66. O melhor tempo do país, de 10s74, era dele mesmo, feito no Mundial de Dubai-2019. Já nas provas de campo, Jorge Souza, o “Choco”, bateu o recorde brasileiro no lançamento de dardo F13 (deficiência visual), com a distância de 46,92m. O índice anterior era de 44,91m.
O gaúcho Wallison Fortes, nos 100m da classe T64 (amputados de membros inferiores com prótese) também registrou uma das melhores marcas do dia. O atleta igualou o próprio recorde anterior de 11s49, feito em fevereiro deste ano. “Não é a minha prova principal, mas é minha melhor marca pessoal. Estou muito grato. Não tem como não ficar ansioso por essa minha estreia no Mundial. Vamos fazer de tudo para controlar essa ansiedade”, disse Wallison.
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Entre as mulheres, a maranhense Rayane Soares fez 12s04 ao vencer os 100m da classe T13 (deficiência visual) e também cravou a nova marca nacional – que até então era de 12s20, da mesma atleta. O Open Internacional de atletismo continuará nesta sexta-feira (19), com as provas de 400m, 800m, lançamento de disco e salto em distância. Os campeões mundiais Samuel Conceição e Thalita Simplício, além do medalhista paralímpico Thiago Paulino, fazem suas estreias na competição. As provas terão transmissão do canal do CPB no Youtube, a partir das 8h30.
*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro