A primeira fase do Circuito Nacional de halterofilismo foi aberta na manhã deste sábado, 23, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, com a quebra de quatro recordes nacionais, todos eles por mulheres. As marcas foram obtidas pelas mineiras Lara Lima (categoria até 41kg) e Cristiane Alves (até 55kg), pela potiguar Maria Rizonaide (até 50kg) e pela carioca Tayana Medeiros (até 86kg).
- Nathan Torquato recupera joelho em busca do bi paralímpico
- Warriors vencem Hawks e assumem a liderença no Oeste
- Sporting, de Edy Oliveira, vence o PSG pela Champions League
- Oito brasileiros chegam nas semis do Pan-Americano de escalada
- Brasil atropela Venezuela na estreia da Copa Pan-Am
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
Lara Lima
A primeira recordista da manhã deste sábado foi Lara Lima, que suportou 104kg em seu terceiro movimento. A marca anterior já era da própria Lara: 103kg, levantados no nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago de 2023, no Chile.
“Estou muito feliz. Cheguei sabendo que era um teste, mas que poderia dar certo; então, vim muito confiante. Eu tentei esse recorde na Copa do Mundo em Dubai, mas não consegui. Fizemos alguns ajustes na pegada para esta competição e foi muito bom. Agora é hora de já pensar no meu próximo Meeting Paralímpico, o de Belo Horizonte [nos dias 13 e 14 de abril]”, afirmou a atleta, que foi prata na etapa da Copa do Mundo dos Emirados Árabes Unidos. A atleta, que tem mielomeningocele, uma malformação na coluna, representou o clube Praia/CDDU/Uberlândia.
Tayana Medeiros
A carioca Tayana Medeiros, da mesma equipe, suportou 141kg em sua terceira tentativa e derrubou um recorde conquistado por ela própria, na Copa do Mundo, no último dia 3 de março. Na competição disputada nos Emirados Árabes Unidos, a halterofilista saiu com a medalha de ouro ao erguer 140kg.
“É um peso pelo qual eu vinha trabalhando há bastante tempo. Na primeira tentativa hoje ainda dei uma falhada por falta de técnica, mas voltei, fiz ajustes, concentrei ainda mais e vim para cima. A briga não pode parar e, daí para a frente, é só mais. Cada quilo conquistado é uma vitória”, afirmou Tayana, que nasceu com artrogripose, condição que comprometeu o movimento de suas pernas.
Maria Rizonaide
Outra atleta que derrubou o próprio recorde obtido neste mês em Dubai foi a potiguar Maria Rizonaide (até 50kg). A halterofilista levantou 103kg, seis a mais do que havia conseguido nos Emirados Árabes Unidos – na ocasião, ela ficou com a medalha de bronze na Copa do Mundo.
“A sensação é maravilhosa. Agradeço ao meu treinador Carlos Williams e ao treinador Valdecir Lopes. Para chegar a isso, é [preciso] treinar e fazer o seu melhor. Foi isso o que eu fiz. Treino com muito foco, de segunda a sábado”, afirmou a atleta da SADEF-RN que tem baixa estatura.
Cristiane Alves
Ainda neste sábado, a mineira Cristiane Alves, da SADEVI/MG – CTE-UFMG, tornou-se a primeira brasileira a erguer 100kg competindo na categoria até 55kg. O resultado supera em 6kg a melhor marca anterior: 94kg, erguidos pela própria Cristiane em abril de 2023 no Campeonato Brasileiro de halterofilismo, disputado no Centro de Treinamento Paralímpico.
“É muita emoção. Estou feliz demais. Fazer esta marca era meu principal objetivo. Agora vou competir no Meeting de Belo Horizonte e espero chegar ao dobro de meu peso corporal, que é de 51,8kg”, afirmou a halterofilista, que também tem baixa estatura.
Mariana D’Andrea
A manhã de sábado também teve como destaque a participação da paulista Mariana D’Andrea, campeã paralímpica e Mundial. A atleta, que defende o AESA-Itu/SP, validou três movimentos competindo pela categoria até 79kg, sendo o melhor deles de 140kg.
Mariana é a atual campeã e recordista mundial nesta categoria, com levantamento de 151kg realizado no Mundial de Dubai, em 2023. No início deste mês, ela voltou a competir nos Emirados Árabes Unidos, em etapa da Copa do Mundo, e ficou com a prata após disputa acirrada com a chinesa Han Miaiyu.