A mineira Izabela Campos quebrou recorde das Américas no lançamento de disco da classe F11 na primeira etapa do Circuito Paralímpico de atletismo, disputado em São Paulo. A atleta derrubou no sábado à tarde a marca que já durava 23 anos. Pela manhã, Wanna Brito quebrou o recorde mundial do arremesso de peso da classe F32.
- João Fonseca vira contra Tien e é campeão do Next Gen Finals
- Diego Gobbi sobre LA-28: ‘vou lutar por vaga para o Brasil’
- Sada Cruzeiro fecha 2024 na liderança da Superliga Masculina
- Marília derrota o Gecebs e conquista o título da Taça Brasil
- Conegliano vence e Gabi conquista o mundo pela segunda vez
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
No lançamento de disco da classe F11 (deficiência visual), a mineira do Sadevi CTE-UFMG e vítima de sarampo aos seis anos de idade, que a fez perder a visão progressivamente, marcou 40m12 logo na primeira tentativa e estabeleceu novo recorde das Américas. A marca anterior, de 30m66, era de Lisa Banta, atleta dos Estados Unidos, obtida em outubro de 2000, durante os Jogos Paralímpicos de Sydney.
“Tenho buscado esta marca desde os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Nas últimas competições, eu estava bem física e tecnicamente, mas, na parte psicológica, não. Tenho feito um trabalho neste sentido e, no sábado, logo no meu primeiro lançamento, já encaixou. Eu estava engasgada. Agora, é dar sequência aos treinos e ao trabalho mental. Estamos no caminho certo”, disse a mineira.
Provas de domingo
As provas do domingo foram marcadas por marcas expressivas dos atletas do salto em distância. Na classe T13, para atletas com baixa visão, Paulo Henrique dos Reis (Sesi-SP) alcançou 7,06m, próximo do recorde nacional, que é dele mesmo (7,14m), feito em dezembro de 2022. Porém, a marca deste domingo, 17, não teria valor para efeito de ranking porque no momento do salto o vento estava em 2,7 m/s, o que, pela regra do atletismo, as correntes de ar não podem ser superiores a 2,0m/s.
“Estou muito feliz com o resultado, mesmo sabendo que o vento invalidou a marca. Se fosse válida, estaria muito perto de ir para o Mundial de Kobe e até mesmo para os Jogos Paralímpicos de Paris. Eu vim de um ano difícil, com lesões e fiz uma cirurgia recentemente. E, em um ano de Jogos, é muito bom evoluir novamente, com bons saltos, perto e acima dos 7m. O clima hoje estava ótimo. Minha família estava no CT e viu uma prova que considero perfeita”, o sul-mato-grossense Paulo Henrique dos Reis, que foi diagnosticado com retinose congênita aos dois anos de idade.
Na classe T20, para atletas com deficiência intelectual, o paulista Paulo Cézar Neto saltou 7,10m com o vento a 1,3m/s e alcançou sua melhor marca no ano. Na temporada 2023, estaria entre os cinco melhores do mundo. Este resultado, contudo, ainda o mantém distante do índice A para o Mundial de Kobe (7,30m).