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Paralimpíada Todo Dia

Meetings têm objetivos distintos em Porto Alegre e Rio Branco

No RS, um dos meetings serviu para medalhista parapan retornar as provas de alto nível, já no AC, foi a primeira competição de muitos

Na imagem, José Luiz Perdigão durante prova em um dos Meetings Paralímpicos.
José Luiz Perdigão durante prova em um dos Meetings Paralímpicos. Foto: Silvio Avila/ CPB

O Meeting Paralímpico, competição organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), fez sua estreia pelo Brasil neste sábado (24). Em novo formato, primeiramente, Porto Alegre (RS) e Rio Branco (AC) foram as primeiras cidades a receberem a competição. Desse modo, os meetings passarão por todas as capitais brasileiras durante o ano de competições.

Enquanto no sul um dos meetings teve ar de preparação para o ano paralímpico, a capital ao norte do país recebeu uma competição desse tipo pela primeira vez. Assim, o presente de atletas paralímpicos se junta com futuros atletas que ainda competem em paralímpiadas escolares ou universitárias.

Porto Alegre

O dia ensolarado de um dos meetings teve início no Clube Grêmio Náutico União (GNU) com 58 nadadores presentes. Já na Sociedade de Ginástica de Porto Alegre (Sogipa) foram 169 atletas disputando provas de pista e campo. Para completar, o tiro com arco contou com a participação de nove arqueiros no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete).

Entre os participantes que viajaram para Porto Alegre, estava o nadador carioca e medalhista de bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, José Luiz Perdigão, da classe S11 (deficiência visual). Então, o atleta competiu pela primeira vez neste ano e foi para a piscina em duas provas, representando o clube gaúcho Grêmio Náutico União. Na primeira disputa do dia, ele fechou os 100m borboleta com o tempo de 1min12s34. Já os 50m livre, uma das provas mais rápidas da natação, finalizou com a marca 30s50.

“Fiz duas provas e estamos dentro do procedimento. É um período inicial, primeira competição do ano e a tendência é melhorar esses índices. O objetivo, agora, é se preparar para as Seletivas aos Jogos Paralímpicos de Paris 24 [em agosto e setembro]. Mas, se conseguirmos, vamos encaixar outros Meetings na agenda de treinamentos”, disse o atleta, que treina no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

Recordes escolares

Outro destaque ficou por conta do gaúcho Mateus Giovani Fuhr, da classe F34 (para atletas com lesões cerebrais), nas provas de atletismo. Competindo ao lado do irmão gêmeo Miguel, o jovem de 12 anos bateu dois recordes escolares. No lançamento de pelota, ele atingiu a marca de 14m17, ultrapassando os 13m34 registrados pelo atleta Jorge Alejandro Tortoledo, em 2023.

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Também no campo, mas na prova do arremesso de peso, Mateus chegou aos 5m58 e garantiu mais um novo recorde escolar, que antes era do próprio irmão, com a marca de 4m60, também alcançado no ano passado.

Primeira vez

O segundo dos meetings ocorreu de forma simultânea no Acre. A cidade de Rio Branco recebeu na manhã nublada deste sábado, 24, a primeira competição oficial realizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. A etapa de abertura do Meeting Paralímpico reuniu aproximadamente 80 atletas com deficiência na pista de atletismo e na piscina de 25m da Escola do Sesi, na capital acreana.

“O tempo está ótimo, sem aquele calor, acho que fui bem, e, para mim, foi maravilhoso competir aqui em Rio Branco, porque não tive que passar por aquela dificuldade de conseguir passagens para viajar para outros estados. Aqui foi mais fácil de competir, mais perto de casa”, comemorou Gigliane Paiva, atleta da classe T36 do atletismo, para atletas com paralisia cerebral. Ela tem 23 anos e já representa o estado do Acre em competições pelo país. Terminou o ano de 2023 com o terceiro melhor tempo do país nos 200m na classe, com 41s42. Neste sábado, em Rio Branco, ela foi ouro nas três provas que disputou (100m, 200m e 400m).

As competições realizadas no Acre tiveram o efeito de etapa regional das Paralimpíadas Escolares, das Paralimpíadas Universitárias e dos Intercentros (competição entre alunos dos Centros de Referência do CPB).

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Jornalista formado em 2013, mas que atuo desde 2008, quando ingressei na Universidade P. Mackenzie, Trabalhei por seis anos no Diário Lance!. Passei por Punteiro Izquierdo, Surto Olímpico, Torcedores e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São Paulo. Entrei no OTD em Abril de 2023.

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