A brasileira Rebeca Silva conquistou a medalha de ouro no Grand Prix de Tóquio de judô paralímpico, na madrugada desta terça-feira (5). Competindo na categoria acima de 70kg para atletas J2 (baixa visão), ela derrotou a cazaque Zarina Raifova na final. O título, que foi o seu primeiro fora do Brasil, representou uma volta por cima, uma vez que a judoca não conseguiu o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023.
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“Foi muito difícil me reerguer em tão pouco tempo. É muito importante essa medalha e foi uma felicidade muito grande encerrar o ano com chave de ouro. Sou grata a todos, e bora pra Paris!”, vibrou a atleta, que em Santiago foi eliminada na semifinal após decisão polêmica da arbitragem, que considerou válido um golpe da cubana Sheyla Estupinan, mesmo após o comando de interrupção da luta. Rebeca conquistou o bronze na ocasião, mas não escondeu a tristeza na saída do tatame.
Atualmente, Rebeca Silva é a líder do ranking mundial da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) na sua categoria. Essa lista considera todos os resultados desde o início do ano passado. Já na corrida paralímpica para Paris-2024, a brasileira aparece como a segunda mais bem ranqueada da classificação, com a vaga para a Paralimpíada bem encaminhada.
Além de Rebeca, outros dois brasileiros competiram no Grand Prix de Tóquio nesta terça-feira. Marcelo Casanova (90kg J2) e Larissa Silva (57kg J1) chegaram na disputa pelo bronze, mas perderam seus combates. O gaúcho, que é o quarto colocado na corrida paralímpica, perdeu para o alemão Daniel Goral, enquanto a paraense, 15ª do mundo, caiu diante da espanhola Maria Manzanero. Um dia antes, Rosi Andrade conquistou a medalha de bronze. O Brasil teve oito atletas na competição.
Última competição do ano
Esta foi a quarta e última etapa do Grand Prix de judô paralímpico neste ano. Agora, o circuito fará uma pausa antes da retomada das três últimas competições válidas para o ranking mundial antes de Paris-2024. A princípio, haverá três etapas: Heidelberg, na Alemanha, em fevereiro, Antalya, na Turquia, em abril, e Tbilisi, na Geórgia, em maio.
Serão as últimas chances dos não classificados obterem pontos e, aqui, valem duas ressalvas importantes: todos os campeonatos do último ano do ciclo paralímpico, ou seja, entre junho de 2023 e junho de 2024, valem o dobro de pontos. E os atletas podem escolher, dentre todas as etapas de Grand Prix que disputarem, somente seus cinco melhores resultados (caso disputem mais do que cinco).
*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV)