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Rebeca Silva dá a volta por cima e é ouro no Grand Prix de Tóquio

Depois de perder na semi em polêmica luta no Parapan, Rebeca Silva fatura o ouro do Grand Prix de Tóquio de judô paralímpico

Rebeca Silva, de judogi azul, olha fixamente para frente durante disputa do Grand Prix de Tóquio de judô paralímpico
(Foto: Alessandra Cabral/CPB)

A brasileira Rebeca Silva conquistou a medalha de ouro no Grand Prix de Tóquio de judô paralímpico, na madrugada desta terça-feira (5). Competindo na categoria acima de 70kg para atletas J2 (baixa visão), ela derrotou a cazaque Zarina Raifova na final. O título, que foi o seu primeiro fora do Brasil, representou uma volta por cima, uma vez que a judoca não conseguiu o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023.

“Foi muito difícil me reerguer em tão pouco tempo. É muito importante essa medalha e foi uma felicidade muito grande encerrar o ano com chave de ouro. Sou grata a todos, e bora pra Paris!”, vibrou a atleta, que em Santiago foi eliminada na semifinal após decisão polêmica da arbitragem, que considerou válido um golpe da cubana Sheyla Estupinan, mesmo após o comando de interrupção da luta. Rebeca conquistou o bronze na ocasião, mas não escondeu a tristeza na saída do tatame.

Atualmente, Rebeca Silva é a líder do ranking mundial da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) na sua categoria. Essa lista considera todos os resultados desde o início do ano passado. Já na corrida paralímpica para Paris-2024, a brasileira aparece como a segunda mais bem ranqueada da classificação, com a vaga para a Paralimpíada bem encaminhada.

Além de Rebeca, outros dois brasileiros competiram no Grand Prix de Tóquio nesta terça-feira. Marcelo Casanova (90kg J2) e Larissa Silva (57kg J1) chegaram na disputa pelo bronze, mas perderam seus combates. O gaúcho, que é o quarto colocado na corrida paralímpica, perdeu para o alemão Daniel Goral, enquanto a paraense, 15ª do mundo, caiu diante da espanhola Maria Manzanero. Um dia antes, Rosi Andrade conquistou a medalha de bronze. O Brasil teve oito atletas na competição.

Última competição do ano

Esta foi a quarta e última etapa do Grand Prix de judô paralímpico neste ano. Agora, o circuito fará uma pausa antes da retomada das três últimas competições válidas para o ranking mundial antes de Paris-2024. A princípio, haverá três etapas: Heidelberg, na Alemanha, em fevereiro, Antalya, na Turquia, em abril, e Tbilisi, na Geórgia, em maio.

Serão as últimas chances dos não classificados obterem pontos e, aqui, valem duas ressalvas importantes: todos os campeonatos do último ano do ciclo paralímpico, ou seja, entre junho de 2023 e junho de 2024, valem o dobro de pontos. E os atletas podem escolher, dentre todas as etapas de Grand Prix que disputarem, somente seus cinco melhores resultados (caso disputem mais do que cinco).

*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV)

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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