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Ottobock cria oficina na Vila para reparos de próteses e cadeiras

Ottobock, empresa líder de mercado em equipamentos de mobilidade, monta oficina de reparos na Vila dos Atletas do Parapan

Dois homens fazem reparos em uma cadeira de rodas na oficina da Ottobock na Vila dos Atletas
(Foto: divulgação/Ottobock Brasil)

A Vila dos Atletas dos Jogos Parapan-Americanos Santiago-2023 tem um espaço especial para pessoas cadeirantes ou com amputações. A Ottobock, empresa líder no mundo no segmento de equipamentos de mobilidade, montou uma oficina onde atletas podem fazer reparos em próteses e cadeiras de rodas de forma gratuita. Assim, todos os atletas podem competir com seus equipamentos nas melhores condições possíveis.
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A Ottobock foi fundada na Alemanha em 1919, logo após a Primeira Guerra Mundial, com o intuito de reabilitar pessoas feridas na Guerra. Agora, mais de cem anos depois, a empresa se tornou referência na área, na produção de próteses, cadeiras de rodas e outros equipamentos que ajudam as pessoas com deficiência na sua mobilidade.
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Parceira do paradesporto

Ao longo dos anos, a Ottobock se tornou uma empresa parceira do paradesporto. No alto rendimento, a companhia está presente nos Jogos Paralímpicos desde Seul-1988 e é patrocinadora oficial nos Jogos Parapan-Americanos desde a última edição em Lima-2019. Em Santiago, a Ottobock criou um espaço na Vila dos Atletas para reparo de próteses e cadeiras de rodas. Uma das ideias da companhia, é que essa oficina ajude os atletas a terem todos as mesmas condições de equipamento para a competição.

Mulher faz reparo em cadeira de rodas na oficina da Ottobock na Vila dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago
(Foto: divulgação/Ottobock Brasil)

“Queremos equilibrar as possibilidades para os esportistas. Na América Latina, as condições dos atletas são muito variadas. Por exemplo, o estado brasileiro acredita muito no esporte adaptado. Agora você vê outros países latinos, não há esse tipo de colaboração. Então, quando o atleta chega aqui em Santiago e vai na Vila na nossa oficina com uma cadeira que tem algum defeito, os nossos técnicos colocam essa cadeira de rodas em condições de competir de igual para igual com quem tem uma cadeira perfeita”, explica Marcelo Cuscuna, CEO da Ottobock para a América Latina.

A Ottobock tem uma série de atleta embaixadores que participam dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago. Entre eles, três atletas brasileiros: a nadadora Mariana Gesteira, a ciclista Sabrina Custódio e Lucas Junqueira do rúgbi em cadeira de rodas. Os três foram ao pódio no Chile. “O impacto social que eles têm é enorme. Muitas vezes a pessoa que passa por uma crise após uma amputação, por exemplo, acha que acabou a sua vida. Os nossos embaixadores são essas pessoas inspiradoras que permitem com que aquela pessoa possa pensar: espera, tem uma outra fase da minha vida. Então essa é a função dos nossos embaixadores, mostrar o caminho para essa nova vida, que pode ser no esporte ou não.”

Aprendendo a correr

Mas para a Ottobock, não é apenas o esporte de alto rendimento que importa. Eles também tentam incentivar todas as pessoas com deficiência a praticar o esporte também como atividade de lazer e para a saúde física e mental. Uma das iniciativas da empresa é a Running Clinic. No projeto, eles dão aulas para pessoas que começaram a usar próteses recentemente aprenderem a correr.

“A nossa visão é de que o esporte é uma ferramenta importante de reabilitação. Uma pessoa que tem uma amputação, ou um trauma neurológico, acaba tendo uma crise. E ela não tem só o impacto físico, mas também mental”, afirma Cucuna.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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