O Brasil já começou o primeiro dia oficial dos Jogos Parapan-americanos com 20 pódios garantidos no tênis de mesa, mas como ainda não foi definida a cor da medalha, foi apenas na manhã deste sábado (18) que o Brasil entrou oficialmente no quadro de medalhas. E já entrou na ponta! Com 3 ouros*, 1 prata* e 2 bronze na sessão diurna da natação, o Brasil é o líder do quadro de medalhas nas primeiras horas em Santiago-2023, posição que não deve mais perder em todo o parapan.
(*Matéria atualizada às 15h15 após revisão da final dos 50m livre S10)
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Patricia Pereira ganha primeira medalha do Brasil
O primeiro ouro veio com recorde parapan-americano! Patricia Pereira dos Santos era a favorita nos 50m peito feminino SB3, por ser a única sub 1 minuto do grupo. Mas ela foi melhor ainda. Patricia fez a melhor marca de sua carreira e bateu o recorde parapan-americano com 58s19. Lidia Vieira da Cruz ficou com o bronze, com 1m08s49. Entre elas, a mexicana Nely Miranda, com 1m02s83.
Douglas Matera domina nos 100m costas S12
Os irmãos Matera eram a sensação no 100m costas masculino S12. Com 30 anos, Douglas Matera é o irmão mais novo e conquistou na prova seu bicampeonato parapan-americano ao terminar em 1m05s79, melhor tempo da carreira e também recorde parapan-americano, mais de um minuto a frente do adolescente norte-americano Evan Wilkerson. Com 34 anos, Thomaz brigou pelo bronze, mas terminou em quarto lugar com 1m10s23, atrás do colombiano Daniel Giraldo, medalhista de bronze.
Aos 15 anos, Alê Oliveira é ouro e Susana Schnarndorf ganha segunda medalha em parapans aos 56 anos
Foi um duelo de gerações no 100m peito SB4. Com apenas 15 anos, Alessandra Oliveira dominou a prova de início ao fim para levar o ouro com 2m10s54, não só melhor marca da carreira, mas também recorde parapan-americano. Pouco mais atrás na piscina, Susana Schnarndorf, com 56 anos, ficou com o bronze, conquistou sua segunda medalha na história dos Jogos parapan-americanos, com 2m31s64. Ela já havia sido prata nos 400m livre de Guadalajara-2011, quando então competia pela SB7. O abraço de gerações é a imagem do Brasil nas primeiras horas do parapan de Santiago-2023 (foto de destaque, acima). A colombiana Gabriela Oviedo completou o pódio com 2m24s84.
*Ganhou, perdeu: na piscina, Mariana Gesteira é declarada vencedora, mas revisão horas depois dá vitória para colombiana
Para encerrar com chave de ouro a sessão matutina da natação, a brasileira Mariana Gesteira e a colombiana Maria Barrera fizeram uma disputa eletrizante nos 50m livre S10 decidida apenas no toque de mão. Melhor para a brasileira, que fechou com 28s29 a frente de Barrera com 28s31, portanto apenas dois centésimos atrás. A argentina Daniela Gimenez completou o pódio com 30s73.
15:15: Porém, horas depois, a organização atualizou o resultado da prova, dando a vitória para a colombiana com o tempo de 28s28. Procurado, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) disse que estava consultando a organização e iria se pronunciar em breve.
Mariana é atleta do S9 e fez o recorde parapan-americano desta categoria, além de ter conquistado sua melhor marca pessoal.
México faz pódio triplo em primeira final de Santiago-2023
A única prova de natação em que o Brasil disputou final e não medalhou na manhã deste sábado foi na 50m peito da SB2, que inclusive foi a primeira final disputada nos Jogos Parapan-americanos de Santiago-2023. O representante brasileiro foi Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, que terminou em quarto lugar com 1m19s07. O mexicano Arnulfo Castorena entrou como principal favorito. Atual campeão mundial e participando de seus oitavos jogos parapan-americanos, Castorena fez por onde.
Gabrielzinho nadou muito bem no começo, mas Castorena disparou e ganhou o primeiro ouro em disputa nos Jogos Parapan-americanos, com 57s75. Cristopher Tronco e Marcos Zarate fizeram a festa mexicana, fechando para 1m06s65 e 1m13s04 respectivamente garantindo então um pódio 100% mexicano. Gabrielzinho caiu de rendimento e ficou em quarto lugar, com 1m19s07.