No quarto dia de disputa do Mundial de halterofilismo paralímpico, o brasileiro Gustavo Souza, atleta da categoria acima de 107 kg, terminou na nona posição da competição. Além disso, a campeã paralímpica Mariana D’Andrea irá buscar o título mundial neste sábado (26) em uma nova categoria.
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O halterofilista carioca ergueu 226 kg em sua primeira tentativa na prova da e terminou em nono lugar. Gustavo ainda tentou por duas vezes erguer 238 kg, mas teve movimentos invalidados. A medalha de ouro e a de prata ficaram com iranianos. O primeiro colocado foi Ahmad Aminzadeh, que suportou 255 kg e o segundo, Mahdi Sayadi, com 246 kg. O pódio ainda teve Jamil Elshebli, da Jordânia, com levantamento de 237 kg.
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“Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo. Foi um sonho realizado brigar lado a lado com os melhores do mundo, foi muito importante sentir isso e ganhar experiência. Mas eu queria ganhar uma medalha, tentei isso. Agora é voltar para o Brasil, trabalhar como nunca para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, em novembro, para sair como primeiro lugar no ranking das Américas. Gostaria de agradecer à comissão técnica da Seleção Brasileira e ao meu técnico de base, Aveiro Junior, que foram essenciais para meu resultado”, afirmou Gustavo.
Mateus Silva fica em 11º no Mundial de halterofilismo
Mais cedo, o mineiro Mateus Silva ergueu 206 kg em sua segunda tentativa e encerrou a disputa da categoria até 107 kg na 11ª colocação. O halterofilista também tentou quebrar seu próprio recorde nacional, de 215 kg, com um levantamento de 216 kg, mas teve o terceiro movimento anulado. O também mineiro Jean Rufino suportou 190 kg e ficou em 14º lugar na mesma prova. “Foi uma prova muito difícil. Os atletas concorrentes eram muito fortes, mas eu vinha treinando muito para estar aqui. Vou continuar buscando os 216 kg”, afirmou Mateus. “Bola para a frente, porque os Jogos Parapan-Americanos estão logo aí e eu não posso baixar a cabeça agora”, completou.
Tayana Medeiros e Alane Lima competem no feminino
Na prova feminina até 86 kg, a carioca Tayana Medeiros, quinta colocada no ranking do ciclo Paris 2024, tentou por três vezes quebrar seu recorde das Américas de 129 kg, estabelecido no ano passado, também em Dubai. A halterofilista, porém, teve anulados seus três movimentos, um de 135 kg e dois de 136 kg. A comissão ainda lançou um desafio técnico, recurso que exige dos árbitros que anularam o movimento a reavaliação da decisão a partir de imagens, mas o levantamento continuou nulo.
“A leitura dos árbitros é de que houve falta de parada em meu movimento. Eu, revisando com os técnicos, não vi esse problema. Fiquei triste, decepcionada, mas é manter a cabeça erguida e seguir em frente. Esse resultado não vai me desanimar”, afirmou Tayana, que volta a competir na próxima quarta-feira (30), pela disputa por equipes feminina, ao lado de Lara Lima e Mariana D’Andrea.
Na mesma prova, a potiguar Alane Lima levantou 103 kg competindo pelo grupo B (para atletas com levantamento inicial menor) e ficou na 12ª posição na classificação geral. O ouro na categoria foi para a chinesa Zheng Feifei, que levantou 154 kg. A prata foi para a ucraniana Nataliia Oliinyk, com 153kg, e o bronze para a nigeriana Folashade Oluwafemiayo (152kg).
Ezequiel Correa quebra recorde brasileiro no terceiro dia
Além disso, no terceiro dia de disputa do Mundial de halterofilismo, na última quinta-feira (24), o catarinense Ezequiel Correa quebrou o recorde brasileiro na categoria até 72 kg masculina, alcançando a marca de 186 kg no seu segundo levantamento. Na classificação geral, o brasileiro ficou com a nona colocação.
Por fim, Edilândia Araújo (123 kg) foi nona na classe acima de 86 kg, enquanto Márcia Menezes (117 kg) acabou em 11º na mesma prova.
Disputa neste sábado (26)
Campeã paralímpica nos Jogos de Tóquio 2020 na categoria até 73 kg, a paulista Mariana D’Andrea entrará na disputa por medalha em uma nova categoria no Mundial de halterofilismo de Dubai, neste sábado (26), a partir das 8h55 (no horário de Brasília-DF). Pela primeira vez em uma edição do torneio, a atleta competirá na categoria até 79 kg.
Além de campeã paralímpica, Mariana também é a atual vice-campeã mundial na categoria até 73 kg, com uma prata conquistada na edição anterior, em Tbilisi, na Geórgia, melhor resultado do Brasil na história do evento.
“Acredito que treinei muito bem nos últimos dias, tanto no Brasil como também aqui em Dubai. Isso está me deixando bem confiante para repetir o que faço ali na competição. Está sendo um Mundial muito duro, os árbitros estão bem rígidos, mas acredito que dará tudo certo e vou fazer uma bela competição. Nessa hora, não adianta querer ficar nervosa. A ansiedade vem, mas estou conseguindo me manter tranquila”, afirmou Mariana.
O Brasil ainda será representado por mais três atletas neste sábado. A mineira Caroline Fernandes Alves entra na arena para sua estreia em um Mundial, na mesma prova de Mariana. A halterofilista é a nona no ranking do ciclo Paris 2024, com levantamento de 109 kg. O dia também terá a prova da categoria até 73kg, na qual competem a mineira Ângela Teixeira e a paulista Laira Guimarães.
As atletas ainda não possuem marcas no ranking para Paris. Durante a Seletiva para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no início de agosto, elas registraram 103 kg e 100 kg, respectivamente, o que daria a elas a oitava e a décima colocação.
Confira a programação dos brasileiros neste sábado, 26, no Mundial de halterofilismo (horários de Brasília-DF):
Até 73kg feminino – 3h30
Ângela Teixeira e Laira Guimarães
até 79kg feminino – 8h55
Mariana D’Andrea e Caroline Fernandes
*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro