8 5
Siga o OTD

Paralimpíada Todo Dia

Atletas batem quatro recordes no Circuito Nacional de atletismo

Rodrigo Parreira, Romildo Pereira e Wanna Brito (em duas provas) foram os competidores responsáveis pelas quebras dos recordes

O atleta do salto em distância Rodrigo Parreira compete durante o Circuito Loterias Caixa de atletismo (Foto: Marcelo Zambrana/CPB)
(Foto: Marcelo Zambrana/CPB)

Segunda Fase do Circuito Loterias Caixa Nacional de atletismo começou neste sábado (6), com a quebra de quatro recordes das Américas. A competição é realizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e disputada no Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo.
+ Compartilhe no WhatsApp
+ Compartilhe no Telegram

Assim, o evento conta com a participação de 266 atletas, nesta que é a última oportunidade para obter o índice definido pelo CPB para convocação ao Mundial de atletismo, em Paris, de 8 a 17 de julho.

Recordes quebrados

Das quatro marcas continentais neste sábado, duas vieram das provas de salto em distância. O goiano Rodrigo Parreira, 28, medalhista de prata nos 100m e bronze no salto em distância nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, estabeleceu a nova marca da classe T36 (atletas com paralisia cerebral) ao saltar 5,67m, superando a melhor marca das Américas até então, registrada por ele nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 (5,62m). O atleta representa o clube Aparu Praia Futel, de Uberlândia.

O pernambucano Romildo Pereira Santos, 24, da classe T44 e representante da equipe NEFD-UFPE, atingiu a marca de 6,21m durante o Circuito. A marca anterior, de 5,65m é de 2019, porém o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, da sigla em inglês) não atribui a conquista a nenhum atleta em específico.

Wanna Brito vai bem duas vezes

No mesmo dia, a atleta amapaense Wanna Brito, 26, bateu dois recordes das Américas, no arremesso de peso e no lançamento de club da classe F32 (para atletas com paralisia cerebral severa).

No arremesso, a atleta da FPA, do Amapá, atingiu 6,98m neste sábado e derrubou uma marca que reinava por 14 anos. O recorde anterior pertencia à argentina Marilu Romina Fernandez, que arremessou 5,14m em junho de 2009, em competição realizada em Paris, na França. 

Já no club, ela lançou 22,01m e superou a marca da mexicana Shantal Cobos Soltero, que havia lançado 21,05m em julho de 2022, no México.

“Eu estou muito feliz. Estou recuperando minha melhor forma depois de algumas provas que não foram tão boas. O recorde das Américas é uma responsabilidade muito grande. Mas eu quero mais. Quero sonhar alto e conseguir sempre mais. Vou me esforçar para isso”, comemorou a atleta.

No caso de Wanna, seria preciso alcançar a marca de 7,31m no arremesso de peso e 26,89m no club. No club para atingir o índice A e garantir a vaga no Mundial. A obtenção do índice, porém, não é o único caminho para se conseguir uma convocação para o Mundial na França. Farão parte da delegação brasileira de atletismo os medalhistas de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 (e que estiverem aptos fisicamente no período da competição), além dos atletas obtiverem o índice.

Outra destaque

Além disso, amanhã deste sábado do Circuito Loterias Caixa Nacional de atletismo também registrou a melhora de marca de uma atleta que já havia obtido o índice para o evento em Paris. A catarinense Suzana Nahirnei, 26, bateu o recorde nacional do arremesso de peso na classe F46 ao atingir a marca de 11,05m. O melhor arremesso anterior, registrado pela própria atleta, era de 10,99m e havia sido realizado durante a primeira fase do Circuito Loterias Caixa, em março. “Estou saindo dessa prova muito feliz. Estava com expectativa de melhorar a marca, mas não era certeza que conseguiria. Agora o foco é o Mundial. Quero melhorar ainda mais minha marca para lá. Meu objetivo é buscar pódio”, disse Suzana, que tem má formação congênita no braço esquerdo e conheceu o movimento paralímpico há 12 anos.

*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

Mais em Paralimpíada Todo Dia