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Brasil conquista sete medalhas no Aberto de Montenegro

Resultado individual em Montenegro supera o desempenho nos Abertos da Espanha e da Itália, disputados em março

Sete atletas do Brasil foram ao pódio no fim das disputas individuais no Aberto Paralímpico de Montenegro (Divulgação/CBTM)
(Divulgação/CBTM)

O Brasil conquistou sete medalhas nas disputas individuais do Aberto Paralímpico de Montenegro. Após o primeiro dia de competições garantir três pódios para os atletas de nosso país, mais quatro brasileiros avançaram às fases mais agudas da competição.
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No fim do dia foram quatro pratas com Cátia Oliveira (Classe 1-2), Israel Stroh (Classe 7), Danielle Rauen (Classe 9) e Bruna Alexandre (Classe 10), além de três bronzes com Thais Severo (Classe 3), Sophia Kelmer (Classe 8) e Claudio Massad (Classe 10).

O resultado já é superior aos dos Abertos Paralímpicos da Itália e da Espanha, onde o Brasil garantiu seis e quatro medalhas nas disputas individuais, respectivamente. Vale lembrar que as competições disputadas no mês de março ainda não contavam com atletas chineses, que retornaram a disputar o torneio nesta edição.

Nos próximos dois dias – sábado (6) e domingo (7), os brasileiros estarão nas disputas em duplas no Aberto Paralímpico. Lembrando que a competição conta com a transmissão do canal oficial da ITTF no Youtube.

Cátia Oliveira, Danielle Rauen, Bruna Alexandre e Israel Stroh ficam com a prata

O ouro ficou muito próximo do Brasil em quatro oportunidades. Pela classe 1-2 feminina, Cátia Oliveira venceu Aino Tapola, da Finlândia, nas semifinais, mas acabou sendo superada pela chinesa Jing Liu, tetracampeã da classe, por 3 a 1.

“Estou muito feliz em estar representando o Brasil mais uma vez, conseguindo ir para mais uma final. Infelizmente acabei perdendo para a chinesa, tetracampeã da minha classe, mas mesmo assim estou feliz com meu desempenho. Vamos para cima que ainda teremos mais desafios por aqui”, contou Cátia Oliveira.

Pela classe 9, Danielle Rauen, que era a única não chinesa nas semifinais da classe, venceu Mei Li Liu por 3 sets a 1 nas semifinais e encarou Guiyang Xiong na grande final. Na mesa, 3 a 0 para a adversária, confirmando a prata para a brasileira.

Em grupo único, pela classe 10, Bruna Alexandre venceu três dos quatro confrontos que tinha pela chave e ficou com a segunda colocação. No último compromisso do dia, que valeu como uma final, a brasileira encarou a chinesa Xiaoging Zhao e sofreu um revés por 3 a 1, ficando então com a prata.

Israel fica no quase

Já Israel Stroh também enfrentou uma grande maratona até chegar a final. Nas quartas de final, o brasileiro venceu o norueguês Krizander Magnussen por 3 a 0 e ainda superou o chinês Keli Liao, algoz de Tóquio 2021, pelo mesmo placar. No jogo que valia o topo do pódio, Israel saiu atrás e ainda conseguiu empatar, mas o ouro ficou com o japonês Katsuyoshi Yagi: 3 a 2.

”Sendo racional estou bastante feliz. Uma medalha de prata é muito importante. Nas semifinais venci o Keli Liao, chinês que ganhou de mim nos jogos de Tóquio, em 2021. Foi a primeira vez que nos enfrentamos depois daquele jogo e foi uma vitória bem categórica (11/4, 11/4 e 13/11). Antes de chegar nele precisei sair de situações bastante complicadas e tive uma performance bastante gratificante, que me faz acreditar ainda mais no trabalho. Mas a final foi doída. Saí perdendo por 2 a 0, consegui empatar e acredito que estava melhor no quinto set. Mas ele acabou vencendo, foi melhor e teve mais sorte em momentos decisivos. Nós que trabalhamos com esporte de alto rendimento sabemos que em alguns dias vamos ganhar e em outros vamos perder. Hoje foi dia dele, mas quase foi meu. É um dia para ter orgulho, mas também para tirar lições”, explicou Israel Stroh.

Bronze para Thaís Severo, Sophia Kelmer e Claudio Massad

Disputando a classe 3, Thaís Severo, que já tinha conquistado a classificação às quartas de final no primeiro dia de competição, venceu Zhonghui Yang, da China, por 3 a 1 e avançou para encarar a chinesa Juan Xue. Com a derrota por 3 a 0, Thaís ficou com a medalha de bronze em Montenegro.

Já pela classe 8, Sophia Kelmer se classificou diretamente para as semifinais, onde enfrentou e foi superada pela chinesa Wenjuan Huang por 3 a 2. Claudio Massad, por sua vez, conquistou o bronze após fazer 3 a 2 contra Lorenzo Cordua, da Italia, nas quartas de final e ser derrotado por pelo campeão da categoria Filip Radovic, de Montenegro, por 3 a 1, nas semifinais.

Paulo Salmin, Marliane Santos, Joyce Oliveira e Lucas Carvalho se despedem do individual antes das brigas por pódio

Jogando pela classe 7, Paulo Salmin acabou sendo derrotado pelo campeão da categoria, o japonês Katsuyoshi Yagi, nas quartas de final. O duelo terminou com o placar de 3 a 1 para o atleta do Japão. 

Após vencer seus dois jogos na fase de grupos, Marliane Santos enfrentou a italiana Carlotta Ragazzini nas quartas de final e se despediu da competição após revés por 3 a 1. Pela classe 4, Joyce Oliveira ficou na terceira colocação da chave, mesmo vencendo dois dos seus três jogos e não se classificou.

Na classe 9, Lucas Carvalho avançou em grupos, mas caiu nas quartas de final para o chinês Yi Quing Zhao por 3 a 0.

*Com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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