A Seleção Brasileira de judô paralímpico estreou nesta segunda-feira (30) com cinco pódios no Grand Prix de Almada, em Portugal. Um dos destaques foi o manauara Elielton Oliveira, de 26 anos, que conquistou sua primeira medalha de ouro pela Seleção, na categoria até 60 kg para atletas J1 (cegos totais). O Brasil faturou ainda uma prata, com Harlley Arruda (J1 até 73 kg), e três bronzes: Rosi Andrade (J1 até 48 kg), Roberto Paixão (J1 até 60 kg) e Lúcia Araújo (J2 até 57 kg).
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“Medalha de ouro pela primeira vez. Ela é de extrema importância para o ranking mundial e para buscar a vaga em Paris. Agora é voltar para o Brasil e me preparar para a próxima!”, disse Elielton, que perdeu a visão aos 12 anos, em um acidente com arma de fogo. Ele começou a ser convocado pela Seleção no ano passado e, de lá para cá, já havia ganhado um bronze, no Grand Prix de Nur-Sultan, no Cazaquistão, e uma prata no Campeonato Pan-Americano da IBSA, em Edmonton, no Canadá, ambas em 2022.
Para ir ao topo do pódio pela primeira vez em um evento internacional, ele derrotou os quatro oponentes de sua chave – cujo sistema de disputa prevê duelos de todos contra todos. Um dos adversários foi Roberto Paixão, que acabou ficando com o bronze ao vencer uma luta e perder três.
Harlley é prata
Já o paulista Harlley Arruda, de 43 anos, um dos mais experientes do grupo, ganhou do turco Gokce Yavuz, nas quartas de final, e do cazaque Yergali Shamey, na semi, mas não conseguiu superar o alemão Lennart Sass, vice-campeão do mundo, na disputa pelo ouro. Assim, ficou com a prata. Sexto colocado do ranking mundial, o brasileiro vai se manter entre os primeiros da lista, que é o principal critério de seleção de vagas do judô paralímpico para os Jogos de Paris 2024.
Justamente por isso, os pontos obtidos nas etapas do Grand Prix de Portugal serão fundamentais. As outras três serão realizadas em Alexandria, no Egito, em março, Baku, no Azerbaijão, em setembro, e Tóquio, no Japão, em dezembro. A Seleção Brasileira vai disputar também neste ano os Jogos Mundiais da IBSA, em Birmingham (ING), em agosto, e os Jogos Parapan-Americanos, em Santiago (CHI), em novembro.
Bronzes brasileiros
O Brasil encerrou o primeiro dia em Almada com mais dois bronzes além do já citado obtido por Paixão. Outra veterana da delegação, a paulista Lúcia Araújo também caiu em uma chave com cinco atletas, com sistema de todas contra todas. Quarta do mundo, a judoca de 41 anos ganhou da croata Jelena Breskovic e da ucraniana Liudmyla Yakymchuk. Perdeu para a espanhola Marta Payno e para a ucraniana Inna Sych.
A potiguar Rosi Andrade, que chegou a Portugal como primeira colocada do ranking em sua categoria (J1 até 48 kg), levou o bronze, mas não venceu nenhuma luta. Em uma chave duríssima com apenas três atletas, ela acabou batida pela turca Ecem Cavdar, vice-campeã mundial e algoz da brasileira justamente na estreia do último Campeonato Mundial, e por Khaiitkhon Kyzy, do Quirguistão, quarta melhor do mundo.
Outro brasileiro do topo do ranking que acabou surpreendido em Portugal foi o paraense Thiego Marques, da categoria até 60 kg para atletas J2 (baixa visão). Na estreia, ele perdeu para o 27º colocado, Alikhan Dzhumagulov, do Quirguistão. Thiego ganhou a repescagem do mexicano Bryan Beltran e foi para a disputa do bronze. No entanto, acabou parando no espanhol Luis Gavilan Lorenzo.
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O Grand Prix de Portugal de judô paralímpico segue nesta terça com mais dez brasileiros nos tatames: Brenda Freitas (J1 até 70 kg), Alana Maldonado (J2 até 70 kg), Erika Zoaga (J1 acima de 70 kg), Meg Emmerich e Rebeca Silva (ambas da categoria J2 acima de 70 kg), Arthur Silva e Antônio Tenório (ambos da J1 até 90 kg), Marcelo Casanova (J2 até 90 kg), Wilians Araújo (J1 acima de 90 kg) e Sergio Fernandes (J2 acima de 90 kg).
