Termina nesta terça-feira (13) na Arena Carioca 1, o Campeonato Mundial de Bocha Paralímpica, principal torneio do calendário da modalidade no ano. O presidente do IPC, Comitê Paralímpico Internacional, o brasileiro Andrew Parsons, conversou exclusivamente com o Olimpíada Todo Dia e falou sobre a realização do evento, medalha de ouro da Andreza Vitória e Brasil em Paris-2024.
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Olimpíada Todo Dia: “Como que é trazer o Mundial de bocha para o Rio de Janeiro?
Andrew Parsons: “Quem trouxe o Mundial de bocha foi a ANDE, eu to aqui como convidado. Eles estão entregando um campeonato de altíssimo nível. Eu lembro do Mundial de bocha de 2006, quando a ANDE entregou lá atrás. O Brasil é o primeiro país a organizar duas vezes o Mundial de bocha, então acho que é uma medalha de ouro em termos de organização. A bocha é pessoalmente uma das minhas modalidades favoritas. O Brasil tem uma tradição no esporte, desde Pequim-2008 ganhando medalhas em todas as edições de Jogos Paralímpicos e antes disso já fazia um trabalho incrível na modalidade. É um prazer estar aqui, numa instalação que é legado dos Jogos de 2016, ver o Brasil entregando uma competição com competência. E os atletas da bocha com partidas de altíssimo nível, brilhando.”
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OTD: “Você viu a final da Andreza Vitória no BC1 feminino? Como foi pra você ver uma menina no primeiro Mundial chegar como líder do ranking mundial e agora ser campeã mundial?”
AP: “Muita gente brincou que é a vingança do Brasil contra a Croácia, eu tento me manter neutro. Mas primeiro que é muito bacana ver uma atleta tão jovem com esse nível técnico, disputando e ganhando medalhas em campeonatos mundiais. Particularmente me dá muito prazer porque ela foi descoberta na Paralimpíada Escolar, uma competição que quando eu tava a frente do CPB eu ajudei a criar. Então ver que no Brasil hoje você tem esse caminho para os atletas se desenvolverem, pra gente identificar os talentos, e a ANDE acolher, desenvolver com a comissão técnica, e ver o atleta brilhar num Mundial, é muito bom ver o nível de estrutura que o Brasil tem no movimento paralímpico.”
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OTD: “Como você as próximas caminhadas do Brasil, tanto na bocha, como em outros esportes paralímpicos já em direção à Paris-2024?”
AP: “Olha, não tenho dúvidas que o Brasil vai fazer sua melhor campanha em sua história em Paris-2024. Eu acho que os legados da Rio-2016, o Centro de Treinamento, mais recursos, as confederações cada vez mais profissionais, entregando grandes eventos, aproveitando isso, criando um sistema de desenvolvimento de atletas. Vejo o Brasil indo muito forte para Paris. Eu não gosto de especular, como brasileiro fica difícil ter palpites. Mas acho que o Brasil vem pra sua melhor campanha, e acho que a bocha vai ser um dos carros-chefe. O Brasil deve ganhar medalhas na bocha, que vão contribuir muito para o melhor resultado da história do país.”