O Mundial de bocha, que começa no próximo dia 5 de dezembro, no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, será o primeiro da história com separação de disputas por gênero na modalidade. Até os Jogos Paralímpicos de Tóquio, no ano passado, as partidas eram realizadas de forma mista, ou seja, homens e mulheres disputavam entre si.
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Principal competição da bocha do ciclo Paris 2024, o Mundial de bocha vai reunir mais de 170 atletas de 41 países em disputas até o dia 13 do mesmo mês. As partidas serão realizadas no mesmo palco onde também foi sede dos Jogos Paralímpicos de 2016. Os jogos acontecerão nas estruturas das Arena Carioca 1 e a entrada será gratuita ao público.
Expectativa
Para os atletas da Seleção Brasileira de bocha, a separação de gêneros fará com que o país ganhe mais visibilidade na modalidade e dispute mais medalhas na competição.
“Mudou bastante coisa. Com a separação de gênero, deu mais visibilidade para as mulheres na bocha, surgiram muitas atletas novas e isso elevou a competitividade no feminino. Vai ser uma competição muito esperada porque teremos muitas adversárias de grande nível técnico”, afirmou a pernambucana Evani Calado, que teve paralisia cerebral ao nascer e representante do Brasil na classe BC3 (para atletas com deficiências severas e que podem usar o instrumento auxiliar calha e ter auxílio de outra pessoa).
No Brasil, a cidade de Blumenau, Santa Catarina, foi a primeira a receber uma competição por separação de gênero depois da mudança na regra. Em novembro de 2021, foi sede do primeiro Campeonato Brasileiro feminino de bocha, organizado pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE), responsável pela bocha no Brasil.
“A separação de gênero foi muito bom para o Brasil, teremos mais chances de medalhas. Esperamos uma competição muito disputada, com as melhores seleções do mundo. Vamos buscar representar o nosso país da melhor maneira”, completou o paranaense Eliseu dos Santos, atleta da BC4 (atletas com deficiências severas, mas que não recebem assistência).
Homenagem
A cerimônia de abertura será no dia 5 de dezembro, às 18h, com uma homenagem ao maior medalhista brasileiro da modalidade. O nome da mascote Dibo é a contração de “Dirceu” e “bocha”, uma homenagem póstuma a um dos maiores ídolos da bocha brasileira, Dirceu Pinto. Dono de cinco medalhas em Jogos, Dirceu faleceu em 2020, aos 39 anos, por problemas cardíacos.
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As disputas começam no dia 6 de dezembro, às 9h30, com transmissão ao vivo pelo Youtube da Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE), orgnizadora do evento.