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Aberto do Brasil de tênis de mesa paralímpico define seis campeões

Três categorias no masculino e três categorias no feminino definiram seus medalhistas no evento organizado pela ITTF

Tênis de mesa aberto do brasil paralímpico bruna alexandre
Gustavo Medeiros/CBTM

E o Brasil seguiu conquistando títulos neste sábado (8), no Aberto do Brasil, que acontece no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. Favoritos em suas classes, Guilherme Costa (classe 1-2), Lucas Arabian (5) e Lucas Carvalho (9) foram soberanos e fizeram a festa com mais três medalhas de ouro. Pelo feminino, Bruna Alexandre (classe 9-10); Sophia Kelmer (8) e, Cátia Oliveira (2-3) venceram, já visando o mundial.

Guilherme Costa conquista segundo título e Lucas Arabian e Lucas Carvalho também são campeões  no Aberto do Brasil

Guilherme Costa fez campanha perfeita. Não perdeu sets em toda a trajetória na competição. Na final, bateu o velho companheiro de Seleção Brasileira, Iranildo Espíndola (11/4, 11/8 e 11/6), que ficou com a prata. Anderson da Silva levou uma das medalhas de bronze para casa.

“A preparação foi toda feita em cima da possibilidade de subir no ranking mundial. Eu era o grande favorito do campeonato, mas eu não podia deixar escapar, pois, pelas nossas contas, subirei três posições no ranking mundial. Isso pode melhorar minha vida no Mundial, daqui a um mês”, explicou o campeão.

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Arabian foi outro que tornou sua trajetória facilitada no Aberto do Brasil, conquistando a classe 5 com apenas um set perdido, na fase de grupos. O adversário da decisão foi o argentino Elias Romero (11/8, 11/7 e 11/9). O brasileiro Gerson Hintz ficou com um dos bronzes.

Depois do jogo, o garoto de 16 anos fez a festa dos quase 30 familiares e dedicou o título ao avô, que não esteve presente na final: “Isso aqui é impressionante, estou até arrepiado. Hoje é aniversário do meu avô, Adilson Carvalhal, que me acompanha, me ajuda, me dá apoio e sempre está muito presente na minha vida”.

Foto: Gustavo Medeiros/CBTM

A classe 9 teve o pernambucano Lucas Carvalho brilhando entre muitos brasileiros. Ela fez a final contra Ramon Colombo e venceu por 3 a 1 (11/9, 9/11, 11/9 e 11/8), mas o grupo de medalhistas estava repleto de verde e amarelo. Afinal, Reginaldo Gomes e Guilherme Ifanger faturaram as medalhas de bronze, no primeiro pódio 100% brasileiro deste torneio.

“Já tinha vencido ouro por equipes na França e também na Copa Tango. Mas este individual aqui é muito especial e fiquei muito feliz com a minha performance. O torneio aqui estava muito mais competitivo. A final contra o Ramon foi bem mais complicada do que na Argentina, por exemplo. No começo pequei um pouco na recepção de saque, mas depois, quando consegui encaixar, tudo ocorreu da melhor forma”, analisou.

De olho no Mundial, Bruna Alexandre, Cátia Oliveira e Sophia Kelmer levam os títulos femininos individuais do sábado no Aberto do Brasil

Favoritas e grandes esperanças de resultados expressivos no Mundial Paralímpico de Granada, na Espanha, em novembro. Estas características marcam o desempenho das três campeãs individuais deste sábado, no Aberto do Brasil. Bruna Alexandre, na classe 9-10; Sophia Kelmer, na classe 8; e, Cátia Oliveira, na classe 2-3, mostraram o quanto podem ser letais nas mesas.

Começando por Cátia Oliveira. Integrante da classe 2, enfrentou várias adversárias da classe de cima, a 3, e não tomou conhecimento de quem vinha pela frente. Perdeu apenas três sets em toda a competição, batendo a também brasileira Marliane Santos na final, por 3 a 1 (11/6, 8/11, 11/8 e 11/6). Outra brasileira, Thaís Severo, ficou com uma das medalhas de bronze.

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“Estou muito feliz em conquistar essa medalha dentro de casa e também por ter juntado classes 2 e 3. Ganhei na semi da Thais e na final da Marliane. Isso mostra que estamos no trabalho certo, tem que elevar o nível mesmo para jogar lá fora. Estou quase pronta para o Mundial, agora é a última preparação”, avisa Cátia, vice-campeã na última edição da competição, em 2018.

Bruna Alexandre também mostrou do que é capaz. A vice-campeã paralímpica venceu a disputa conjunta das classes 9-10 perdendo apenas um set para a colega de Seleção Brasileira Danielle Rauen, quando marcou 3 a 1 (11/9, 11/4, 8/11 e 11/4). Um dos bronzes também foi brasileiro, com Jennyfer Parinos.

“Cada jogo e cada campeonato é uma nova experiência para mim. Jogando no Brasil, no meu país, tem um saborzinho diferente. Meu foco é o Mundial. Falta um mês, então é uma boa preparação ter jogado esse Aberto, contra atletas de estilos diferentes. Danielle é um estilo diferente de jogo, Jennyfer muito pino. Para mim é muito bom. Minha classe é 10, que é um jogo muito aberto e rápido, mas tem jogadores de Taipei que jogam com pino e isso me ajuda muito”, analisou a campeã.

Por fim, a jovem Sophia Kelmer, que aos 14 anos conquistou sua terceira medalha de ouro internacional, a primeira no Brasil. Na final, bastante disputada, ela bateu a chilena Florencia Perez por 3 a 1 (8/11, 11/6, 12/10, 15/13).

“Foi uma competição de alto nível. A chilena também era uma atleta da nova geração. Acho que o fundamental foi a parte mental, ter resiliência, pois cada ponto é importante, cada ponto é fundamental. E a torcida me ajudou muito”, disse Sophia

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