Nesta quinta-feira, dia 22 de setembro, é celebrado no Brasil o Dia Nacional do Atleta Paralímpico. A data, instituída em 2012 a partir do decreto de lei nº 12.622, também dá sequência às comemorações ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro). Festejada desde 2014, a data também tem como objetivo ajudar no trabalho de conscientização para ampliar os meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
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Alguns ídolos do esporte brasileiro, como Alex Pires, Petrúcio Ferreira e Verônica Hipólito (atletismo), Dayanne Silva (natação) e Thiego Marques (judô), também comemoram com orgulho este dia. Eles comentaram sobre a importância de serem atletas paralímpicos, representar o Brasil nas competições internacionais e como contribuem no processo de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade brasileira.
“Ser atleta paralímpica significa muito mais do que ter participado de uma Paralimpíada e ter me tornado medalhista paralímpica, além de ter medalhado em todas as grandes competições. Ser atleta paralímpico é falar sobre inclusão, porque ser uma pessoa com deficiência é resistir e lutar por nossos direitos. Não é favor, mas sim direitos. É inspirar todas as pessoas com ou sem deficiência a fazerem o que quiserem, quando quiserem, e que o corpo é somente uma característica nossa e não um impeditivo”, disse Verônica Hipólito, dona de duas medalhas paralímpicas na Rio-2016.
“Representa ser a bandeira da pessoa com deficiência, defender as pessoas com deficiência, e isso é uma forma de inclusão. Tentar, como atleta, quebrar este preconceito que ainda existe dentro da sociedade com as pessoas com deficiência”, complementa Petrúcio Ferreira, o paralímpico mais rápido do planeta.
Inclusão pelo esporte
Thiego Marques, uma das grandes revelações do judô paralímpico brasileiro, acredita que pode contribuir no processo de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade brasileira mostrando que não há limitações no esporte.
“Eu consigo contribuir mostrando, através do desporto, da minha história e das conquistas que alcancei, que não há limitações no esporte. No tatame, por exemplo, é apenas um atleta, seja um amputado, um cego, uma pessoa com Down, não tem um limite, é um atleta. É jogar e cair, assim como nas quadras é correr atrás de uma bola, com o mesmo objetivo de sair um pouco melhor do que entrou. Não tem diferença”, comentou.
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“Esta contribuição vem de uma maneira muito significativa na inclusão da pessoa com deficiência através do esporte, que é onde há muita visibilidade. O atleta é muito visto, especialmente no pódio, e é exatamente neste pódio que muitas pessoas com deficiência, que às vezes não se enxergam com talento ou aptidão para qualquer coisa, percebem que eles também podem”, falou Dayanne Silva.