O Brasil conheceu no sábado (10) os adversários no Mundial de Goalball. O sorteio realizado na cidade de Matosinhos, em Portugal, sede do evento, definiu os quatro grupos do torneio, dois no feminino e dois do masculino, que reúnem as 32 equipes participantes. Juntas, as comissões técnicas das duas seleções acompanharam o chaveamento e analisaram os prós e contras que terão pela frente. A competição acontecerá de 8 a 16 de dezembro. A tabela será divulgada em breve.
O sorteio foi direcionado para que os dois campeões paralímpicos estivessem em um grupo e os outros medalhistas, dois no masculino e dois no feminino, ficassem no outro. Em ambos os torneios, o sistema de disputas será o mesmo. Oito países em cada grupo jogando entre si em turno único, totalizando sete partidas na fase classificatória. Os quatro melhores de cada lado avançam às quartas de final. A seleção brasileira masculina é a atual bicampeã do mundo, Malmö 2018 e Espoo 2014, e busca um tri inédito na história do Mundial de Goalball. A seleção feminina tem um bronze, em 2018.
Lado do prata e do bronze
No feminino, o Brasil está no Grupo B do Mundial de Goalball, ao lado do medalhista de prata em Tóquio-2020 Estados Unidos e também do Japão, nosso algoz na disputa do bronze. Também estão Israel, Austrália, Egito, Grã-Bretanha e Portugal. No Grupo A estão a campeã paralímpica Turquia, Coreia do Sul, Argélia, Dinamarca, Canadá, França, México e Argentina.
“Teoricamente, o Brasil acabou ficando no grupo mais difícil, com Estados Unidos, Japão, Israel, equipes que estão sempre buscando medalhas”, disse o técnico Gabriel Goulart, da seleção feminina. “Precisaremos jogar bem essa primeira parte da competição para nos classificarmos em boa posição de olho na fase eliminatória.” Os Estados Unidos são as maiores ganhadoras de Mundiais de Goalball vencendo quatro das dez. Também são bicampeãs paralímpicas, em 2012 e 2016.
Intercâmbio
Gabriel Goulart ressaltou também a importância da disputa de competições importantes como a Malmö Cup, na Suécia, e a Copa Ancara, na Turquia. “Enfrentamos algumas dessas equipes e conseguimos coletar bastante dados que nos ajudarão a montar as estratégias.” Neste ano, o Brasil foi bronze da Malmö Cup feminina, não houve chave masculina, e levou ouro no feminino e prata no masculino da Copa Ancara. Foi, ainda, campeão das Américas com os homens e as mulheres. “As únicas equipes do grupo que não enfrentamos este ano foram Austrália e Portugal. Contra todas as outras, já jogamos, o que nos permite ter conhecimento para montar nossa estratégia”, completou Gabriel.
Masculino
Já no torneio masculino do Mundial de Goalball, o Brasil, atual campeão paralímpico, está no Grupo C ao lado de Argélia, Japão, Turquia, Canadá, Alemanha, Portugal e Bélgica. No outro, o D, estão a China, prata em Tóquio-2020, Lituânia, bronze nos Jogos, Ucrânia, Estados Unidos, Irã, Egito, México e Colômbia.
“São dois grupos equilibrados com ligeira vantagem para o do Brasil. O outro ficou um pouquinho mais puxado”, analisou o técnico do time masculino, Jônatas Castro. “O que significa que poderemos fazer uma fase classificatória com jogos não tão pesados. Mas, por outro lado, a partir das quartas de final já serão confrontos muito duros rumo ao título. Mas repito: os grupos ficaram equilibrados, com as forças bem divididas.”
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Os alemães, apesar de serem bicampeões do mundo a exemplo do Brasil, têm ficado distantes do pódio há algum tempo. A exceção foi a prata no Mundial de 2018, quando perderam justamente para os brasileiros. Canadá, Japão e Turquia são países com equipes mais fortes no feminino e nunca ganharam um Mundial ou uma Paralimpíada com os homens.