De olho no futuro e disposto a se aproximar cada vez mais da liderança do quadro de medalhas nas próximas edições dos Jogos, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou nesta terça-feira a renovação por mais quatro anos do patrocínio com a Braskem para o atletismo. Através da parceria, que começou em 2015 e vai chegar a 11 anos em 2026, a entidade tem apostado no desenvolvimento de modalidades em que o Brasil ainda não tem tradição para potencializar ainda mais seus resultados. Um exemplo disso foi a entrega, na última sexta-feira, de 31 cadeiras de rodas próprias para corridas e 12 petras a representantes de 30 centros de referência espalhados pelo país.
“Essa é a realmente a ideia. A gente tem uma carência de grandes atletas no atletismo em cadeira de rodas e na própria petra, que agora foi inserida no atletismo. A ideia é expandir, já que a gente conseguiu já um padrão bom de desenvolvimento nos esportes em que temos tradição. Então, agora a ideia é que o Brasil, que é um dos países, se você observar no quadro de medalhas, que tem maior diversificação de conquistas de medalhas e de resultados importantes, amplie ainda mais isso para conseguir ser forte em todas as modalidades que estão presentes no programa dos Jogos”, explicou o presidente do CPB, Mizael Conrado.
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Em Tóquio-2020, o Brasil faturou 28 medalhas no atletismo dos Jogos Paralímpicos: oito de ouro, nove de prata e 11 de bronze. Das conquistas, no entanto, nenhuma delas veio em provas de pista para cadeirantes. O dirigente, no entanto, não espera que os bons resultados nessa modalidade venham já em Paris-2024. “A gente está pensando lá em 2040, que é quando eu digo que a gente vai realmente disputar com a China. Estamos criando as escolinhas. Esse ano terminamos com 35 centros de referência e vamos chegar a 60 centros de referência pelo Brasil em 2024. A ideia é replicar em cada um desses centros os projetos que a gente tem aqui no CT Paralímpico de modo a atender as crianças e ao desenvolvimento esportivo. Naturalmente a gente forma os professores, mas sem os equipamentos não é possível. Então com patrocínios como o da Braskem é possível distribuir implementos, as cadeiras de atletismo e as petras, o que vai, obviamente, juntamente com os profissionais, potencializar esse desenvolvimento”, aposta.
Marcelo Arantes, vice presidente de marketing e comunicação da Braskem, assina embaixo das palavras ditas pelo presidente do CPB. “O CPB tem claramente mapeado quais são as modalidades em que são mais fortes e também quem é mais forte do que eles no geral. Então, eles estão fortalecendo atividades que possam potencializar o Brasil a ter mais medalhas. Eles têm isso muito bem feito: desde a teia, que é descobrir os paratletas jovens, e até onde querem chegar no longo prazo”, afirmou.
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O pensamento no futuro, no entanto, não quer dizer que o CPB esteja descuidando do presente. Muito pelo contrário! A expectativa é de voltar a estar entre os melhores em Paris-2024. “A gente nunca descuida do hoje, do alto rendimento. Essa é a nossa missão. A expectativa é que a gente possa fazer uma grande campanha em Paris. Vai depender muito do cenário porque a saída da Rússia ou o retorno da Rússia mexe muito com a composição de forças, mas certamente vamos estar entre os sete primeiros”, aposta Mizael Conrado.
Para alcançar a meta de se manter entre os primeiros colocados do quadro geral de medalhas, o desempenho do atletismo do Brasil será fundamental nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. A continuação da parceria com a Braskem contribui para proporcionar mais tecnologia, equipamentos e materiais esportivos do mais alto nível mundial aos atletas paralímpicos brasileiros. Investimentos como esses possibilitam que os atletas participem de mais competições, contem com equipamentos tecnológicos e equipes especializadas contribuindo, cada vez mais, para melhorar seus resultados e desempenho nas pistas e no campo.
“Primeiramente, tenho muito orgulho de saber que somos o patrocinador privado de maior longa história com o CPB. Não foi difícil renovar porque a gente acredita neles, a gente acredita nos paratletas e na seriedade com que o CPB conduz a gestão e a melhoria e a evolução dos atletas. É um coisa muito voltada para o nosso propósito. A gente acredita muito na transformação das pessoas, no potencial das pessoas e isso materializa muito no patrocínio ao CPB”, resumiu Marcelo Arantes.