Antes de enfrentarem os adversários nas piscinas, os nadadores paralímpicos brasileiros precisam lidar com um outro fator para ter um bom rendimento no Mundial realizado em Portugal entre os dias 12 e 18 de junho, que são: alimentação e fuso horário.
Desde que a delegação brasileira aterrissou em Funchal, no último dia 2, os nadadores paralímpicos deram início ao processo de adaptação ao novo fuso de quatro horas em relação à Brasília, elaborada de maneira integrada entre comissão técnica e os departamentos de Ciências de Esportes e nutrição do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
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“A alteração de fuso horário influencia no sono, no stress, no humor do ser humano. E estudos mostram que isso afeta as nossas escolhas alimentares”, explica Alan Nagaoka, nutricionista da Seleção Brasileira de natação paralímpica.
“Sentir vontade de comer mais, ou, às vezes, menos. E o atleta pode ter um sentimento de culpa, o que pode prejudicar todo o cenário dentro da preparação. Então, explicamos para eles todo esse processo para que ficassem mais bem informados desse período”, acrescentou.
Nos primeiros dias em Portugal, uma das recomendações dadas aos atletas foi a necessidade da exposição ao sol ao final da tarde, para que isso contribuísse com a adaptação. Também foi indicado a hidratação de dois a três litros de água diariamente.
A comida que será oferecida aos nadadores paralímpicos no hotel não será diferente das refeições realizadas por eles no Brasil. Os atletas têm se alimentado de arroz, feijão, carnes grelhadas, legumes cozidos, além de buffet frio de saladas e doces. Lanches no fim da tarde também estão sendo distribuídos como parte do planejamento para os dias antes do início do Mundial.
Quando a competição iniciar, outros alimentos como: pão com geleia, queijo branco ou pasta de amendoim e sucos de romã e mirtilo ou frutas vermelhas vão ser introduzidos.
“Tem algumas provas que podem mudar um pouco o horário da alimentação que o atleta está acostumado a se alimentar. Isso pode mexer emocionalmente”, explica o nutricionista informando que é essa a razão para a introdução de novos alimentos.
“Eles não são proibidos de comer nada. Na verdade, são bem orientados a escolher o que comer dentro do período competitivo em que eles estiverem. Então, no geral, alimentação no dia das provas e no dia dos treinos é praticamente a mesma, o que vai variar é a quantidade calórica”, completou Alan.
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Além da adaptação ao fuso e de uma alimentação correta, os atletas seguem realizando os treinamentos. Dentro do hotel eles podem desfrutar da academia, na parte externa, há um espaço dedicado para eles poderem utilizar antes e durante a competição.
“Aspectos como aclimatação e exercícios físicos são muito importantes nesta semana de polimento e pré-competição, para que não tenhamos perdas maiores ou problemas de lesões. Por isso, foi preciso entender a estrutura que teríamos, a necessidade dos nossos treinadores e atletas e não ter surpresas quando chegássemos lá”, finalizou Leonardo Scarpato, preparador físico da Seleção Brasileira de natação paralímpica.
