O paulista André Colin, de 69 anos, foi o destaque do primeiro Meeting Paralímpico de tiro esportivo, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Ele foi o campeão de tiro ao prato (trap) da competição, disputada no Rio de Janeiro, neste sábado (12).
A exemplo dos Meetings de atletismo, natação e halterofilismo, organizados pelo CPB desde o ano passado, o de tiro esportivo tem como objetivos desenvolver a prática esportiva no país, contribuir para o aprimoramento técnico da modalidade em disputa e proporcionar oportunidades de competição aos atletas de elite e novos valores do paradesporto brasileiro.
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E foi justamente essa chance de disputar mais um torneio na temporada que animou André Colin. Nascido em Lorena, interior de São Paulo, o engenheiro civil aposentado disputou o Meeting pela Associação de Reabilitação da Polícia Militar do Rio de Janeiro (ARPM).
“É sempre importante ter competições, pois os atletas se veem obrigados a treinar mais. Neste ano, vamos ter mais um Meeting além deste, uma Copa Brasil e um Campeonato Brasileiro. Com isso, no final da temporada, teremos uma noção melhor de como estarão os atiradores brasileiros. Em um futuro próximo, creio que precisaremos de mais provas ainda. Estar em disputa é o melhor incentivo para o treinamento constante”, disse André Colin, que teve parte da perna esquerda amputada após um acidente automobilístico aos 15 anos.
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Dois anos depois, o paulista começou a praticar o tiro esportivo, em provas de carabina e pistola. Com o passar do tempo, teve que conciliar a rotina de atirador com a profissão de engenheiro civil. Recentemente, já aposentado, iniciou a sua trajetória no trap. “Sou um apaixonado por tiro esportivo há muito tempo. É um esporte que abrange várias deficiências e idades. Tanto que continuo praticando com quase 70 anos. Resolvi entrar no trap porque é um estilo mais dinâmico dentro da modalidade”, explicou.
A vitória de André Colin
No meeting, André acertou 48 vezes os pratos, contra 34 acertos de Alexandre Basso e 24 de Paulo Birck. Os três competidores participaram de três baterias com 25 tentativas cada, nas quais podiam realizar até dois disparos por vez.
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“Hoje, fez muito calor [os termômetros registraram 30°C na manhã deste sábado no Rio de Janeiro] e ventou muito também. Não foi o desempenho que eu esperava, mas foi bom para início de temporada”, opinou o atirador paulista.