O Prêmio Paralímpicos 2021, maior premiação do paradesporto nacional e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2011, distribuiu 10 troféus na noite desta quarta-feira, 9, em cerimônia realizada em São Paulo.
Esta foi a 10ª edição do evento, que foi dividida em dois dias – na terça-feira, 8, foram homenageados os vencedores individuais de 24 modalidades. Nesta quarta-feira, 9, a nadadora pernambucana Carol Santiago foi a vencedora na categoria “Melhor Atleta Feminino”, e o fundista sul-mato-grossense Yeltsin Jacques foi o “Melhor Atleta Masculino” de 2021. A velocista potiguar Thalita Simplício foi eleita “Atleta da Galera”, única categoria aberta para votação popular, com 39% dos votos.
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“Apesar do momento difícil, temos algumas coisas para celebrar. Há 27 anos, no dia 9 de fevereiro de 1995, o CPB foi inaugurado. Desde então, o esporte paralímpico brasileiro cresceu, consolidando-se no top 10 mundial nas últimas edições dos Jogos Paralímpicos. Tanto a Carol como Yeltsin representam esse espírito de evolução”, disse Mizael.
Os premiados
Maior medalhista do Brasil nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, Carol voltou da capital japonesa com três medalhas de ouro (50 m e 100 m livre e 100 m peito), uma de prata (revezamento 4×100 m livre misto 49 pontos) e outra de bronze (100 m costas) na classe S12 (para atletas com baixa visão). Já Yeltsin, da classe T11 (cegos), subiu duas vezes ao lugar mais alto do pódio no megaevento. Nos 1.500 m, quebrou o recorde mundial e garantiu a 100ª medalha de ouro do Brasil em Jogos Paralímpicos, e nos 5.000m, alcançou a sua primeira conquista na abetura das provas de atletismo em Tóquio.
“Estou muito feliz. Que noite incrível! Quero dedicar esse prêmio aos meus pais, que sempre me acompanharam e me apoiaram. Além disso, quero agradecer à minha comissão técnica. Nunca disse: ‘Eu venci’. Sempre é ‘vencemos’, pois as vitórias são em conjunto e sou acompanhada pelos melhores profissionais”, disse Carol, que representa o clube GNU, de Porto Alegre.
“Tenho a honra de receber esse prêmio, que quero dedicar a todos os atletas presentes e guias. A população brasileira tem acompanhado o Movimento Paralímpico mais de perto e feito ele crescer cada vez mais”, completou Yeltsin, da ADD-SP.
Da galera
Eleita “Atleta da Galera”, Thalita conquistou duas medalhas de prata em Tóquio (100 m e 200 m). Na votação popular do Prêmio Paralímpicos, além de superar Carol, a potiguar também venceu o nadador Gabriel Araújo (ouro nos 200 m livre e 50 m costas, além de prata nos 100 m costas), Beth Gomes (ouro no lançamento de disco) e Thiago Paulino (bronze no arremesso de peso).
“Isso é sonho ou realidade? Competir com grandes nomes e sair vencedora pelo voto popular é motivo de muita alegria. Gostaria de agradecer a todos que votaram em mim”, discursou Thalita, da ADEVIRN, de Natal, após receber o troféu.
Outros premiados e homenageados
Prêmio Aldo Miccolis (categoria destinada a pessoas que contribuíram para o desenvolvimento do esporte paralímpico): Alberto Martins, ex-diretor-técnico do CPB e chefe da missão brasileira nos Jogos Paralímpicos de Tóquio;
Prêmio Caixa (homenagem à confederação em que suas modalidades mais se destacaram nos Jogos Paralímpicos de Tóquio): Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV);
Memória Paralímpica (personalidade que marca a história do Movimento Paralímpico): Roberto Vital, médico-chefe da missão brasileira nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020;
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Melhor Técnico Modalidade Individual: Leonardo Tomasello, técnico-chefe da Seleção Brasileira de natação;
Melhor Técnico Modalidade Coletiva: Alessandro Tosim, técnico da Seleção Brasileira masculina de goalball, campeã paralímpica em Tóquio;
Prêmio Braskem (atleta que motiva a transformação positiva, dentro e fora das competições): Beth Gomes, medalhista de ouro e recordista mundial no lançamento de disco em Tóquio;
Atleta Revelação (atleta que se destacou em 2021 e incentiva outros que estão no início da carreira): Gabriel Araújo, medalhista de ouro nos 200 m livre e 50 m costas, além de prata nos 100 m costas.
Dono de 27 medalhas em Jogos Paralímpicos, o ex-nadador Daniel Dias, que se aposentou nos Jogos de Tóquio, também foi homenageado pelo CPB nesta noite, assim como o nadador André Brasil, que conquistou 14 medalhas paralímpicas em toda a sua carreira.