Uma jovem e talentosa geração de atletas com deficiência começa a apresentar resultados esportivos no Meeting Loterias Caixa de atletismo, natação e halterofilismo. A etapa deste final de semana ocorreu em Brasília, Distrito Federal, e reuniu 251 atletas da capital federal e de estados das regiões Norte e Centro-Oeste.
As provas de atletismo em Brasília foram realizadas na pista do CIEF (Centro Integrado de Educação Física) e dois atletas nascidos nos anos 2000 apresentaram resultados surpreendentes.
Os Meetings Loterias Caixa, promovido e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, estão percorrendo o Brasil, desde o início de outubro, até 12 de dezembro, nas três modalidades. Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e Rio de Janeiro já sediaram etapas de atletismo e natação. Na quinta-feira, 28, será a vez de Belo Horizonte receber o evento.
Veloz!
Nos 100m da classe T47, para amputados de braço, o mato-grossense Eduardo Furtado da Cruz, de 18 anos, foi medalhista de ouro com o tempo de 11s59. A melhor marca do mundo nesta prova é do paraibano Petrúcio Ferreira, que fez 10s42, em novembro de 2019 no Campeonato Mundial de Dubai.
Esta é uma classe que o Brasil domina no atletismo paralímpico mundial. Petrúcio foi ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e o carioca Washington Júnior foi bronze na mesma prova.
Eduardo é atleta da Asa-Sorriso, de Mato Grosso, tem má formação congênita no braço esquerdo e na mão direita. Aos 18 anos, ele participa apenas pela primeira vez de competições adultas para atletas com deficiência. Até então, havia disputado as edições de 2018 e 2019 das Paralimpíadas Escolares, organizadas pelo CPB, e, em seguida, dedicou-se ao atletismo para atletas sem deficiência. Ele é o 15º no ranking do Centro-Oeste sub-20.
“Eu participo de diversas competições entre atletas sem deficiência e treino uma pista de terra em Sorriso, e estou feliz por ter feito esta marca aqui em Brasília, foi meu melhor tempo, e o vento estava contra”, comentou Eduardo, a respeito dos 11s59 alcançados no sábado, e o vento contra de -0,6 km/h.
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Rápido!
Outro jovem talento no Meeting de Brasília de atletismo foi o também mato-grossense Thalysson Enrick Nunes de Oliveira fez 12s75 nos 100m da classe T13 (para atletas com baixa visão). O recorde brasileiro desta prova é de Gustavo Araújo, e perdura desde o Mundial de Doha, no Qatar, em 2015, com 10s91. Thalysson tem 15 anos e representa RAAEI, do Mato Grosso.
Ainda dentro dos talentos da geração 2000 está Mateus da Silva Pacheco, que completou a prova dos 100m pela classe T38 em 12s70, marca próxima ao recorde brasileiro de 11s08 registrados em 2019 pelo atleta Edson Cavalcante, que representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Mateus é atleta da APAN (Associação Paradesportiva do Norte), de Manaus (AM).
Recordista!
Já a amapaense Thalia Pereira não é da geração anos 2000, pois tem 24 anos, mas se destacou no Meeting com o recorde brasileiro no arremesso de peso da classe F41, para atletas com baixa estatura. Ela arremessou a 7m95 e superou em um centímetro a marca de Kelly Peixoto, estabelecida nos Jogos Paralímpicos do Rio. “Fico feliz com o recorde, mas queria chegar na casa dos oito metros”, afirmou Thalia, da AETP, do Amapá.