8 5
Siga o OTD

Paralimpíada Todo Dia

Meeting em Brasília tem geração anos 2000 brilhando no atletismo

Geração anos 2000 paralímpica apresenta resultados expressivos no Meeting Loterias Caixa no DF

meeting atletismo paralímpico brasília
O mato-grossense Eduardo Furtado da Cruz (c), de azul, foi um dos destaques da nova geração ao correr os 100m da classe T47 com o tempo de 11s59 durante o Meeting em Brasília | Foto: André Martins /CPB

Uma jovem e talentosa geração de atletas com deficiência começa a apresentar resultados esportivos no Meeting Loterias Caixa de atletismo, natação e halterofilismo. A etapa deste final de semana ocorreu em Brasília, Distrito Federal, e reuniu 251 atletas da capital federal e de estados das regiões Norte e Centro-Oeste.

As provas de atletismo em Brasília foram realizadas na pista do CIEF (Centro Integrado de Educação Física) e dois atletas nascidos nos anos 2000 apresentaram resultados surpreendentes.

Os Meetings Loterias Caixa, promovido e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, estão percorrendo o Brasil, desde o início de outubro, até 12 de dezembro, nas três modalidades. Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e Rio de Janeiro já sediaram etapas de atletismo e natação. Na quinta-feira, 28, será a vez de Belo Horizonte receber o evento.

+ Recorde no halterofilismo

Veloz!

Nos 100m da classe T47, para amputados de braço, o mato-grossense Eduardo Furtado da Cruz, de 18 anos, foi medalhista de ouro com o tempo de 11s59. A melhor marca do mundo nesta prova é do paraibano Petrúcio Ferreira, que fez 10s42, em novembro de 2019 no Campeonato Mundial de Dubai.

Esta é uma classe que o Brasil domina no atletismo paralímpico mundial. Petrúcio foi ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e o carioca Washington Júnior foi bronze na mesma prova.

Eduardo é atleta da Asa-Sorriso, de Mato Grosso, tem má formação congênita no braço esquerdo e na mão direita. Aos 18 anos, ele participa apenas pela primeira vez de competições adultas para atletas com deficiência. Até então, havia disputado as edições de 2018 e 2019 das Paralimpíadas Escolares, organizadas pelo CPB, e, em seguida, dedicou-se ao atletismo para atletas sem deficiência. Ele é o 15º no ranking do Centro-Oeste sub-20.

“Eu participo de diversas competições entre atletas sem deficiência e treino uma pista de terra em Sorriso, e estou feliz por ter feito esta marca aqui em Brasília, foi meu melhor tempo, e o vento estava contra”, comentou Eduardo, a respeito dos 11s59 alcançados no sábado, e o vento contra de -0,6 km/h.

+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM, NO FACEBOOK E NO TIKTOK

Rápido!

Outro jovem talento no Meeting de Brasília de atletismo foi o também mato-grossense Thalysson Enrick Nunes de Oliveira fez 12s75 nos 100m da classe T13 (para atletas com baixa visão). O recorde brasileiro desta prova é de Gustavo Araújo, e perdura desde o Mundial de Doha, no Qatar, em 2015, com 10s91. Thalysson tem 15 anos e representa RAAEI, do Mato Grosso.

Ainda dentro dos talentos da geração 2000 está Mateus da Silva Pacheco, que completou a prova dos 100m pela classe T38 em 12s70, marca próxima ao recorde brasileiro de 11s08 registrados em 2019 pelo atleta Edson Cavalcante, que representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Mateus é atleta da APAN (Associação Paradesportiva do Norte), de Manaus (AM).

Recordista!

Já a amapaense Thalia Pereira não é da geração anos 2000, pois tem 24 anos, mas se destacou no Meeting com o recorde brasileiro no arremesso de peso da classe F41, para atletas com baixa estatura. Ela arremessou a 7m95 e superou em um centímetro a marca de Kelly Peixoto, estabelecida nos Jogos Paralímpicos do Rio. “Fico feliz com o recorde, mas queria chegar na casa dos oito metros”, afirmou Thalia, da AETP, do Amapá.

Mais em Paralimpíada Todo Dia