O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, recebeu nesta quarta-feira (13) a disputa da Seletiva para o Mundial de halterofilismo paralímpico. Na competição classificatória, mais oito atletas garantiram índice para o campeonato, que será realizado de 27 de novembro a 5 de dezembro, em Tbilisi, na Geórgia.
Agora, eles e os demais atletas que já tinham índice em suas categorias aguardam a lista final de convocação que deve ser divulgada ainda nesta semana para representarem o Brasil na competição.
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Entre os índices novos, foram três atletas adultos: André Luiz Paz, da categoria até 97 kg, Ângela Faria Teixeira, da categoria até 67 kg, e João França Júnior, que disputou os Jogos Paralímpicos de Tóquio pela categoria até 49 kg e agora retornou para a categoria até 54 kg, para a qual ainda não tinha índice e que vai focar para Paris 2024.
“Será uma grande satisfação poder representar o Brasil pela primeira vez em um Mundial. Será minha primeira viagem para a Europa. Até então, tinha representado o país somente na América do Sul. Vou ficar muito feliz”, afirmou André Luiz Paz, atleta de Uberlândia, 33 anos, e que teve amputação de perna devido a um acidente automobilístico. Seu índice era de 171 kg e ele ergueu 182 kg na Seletiva.
Mais índices
Os outros cinco índices inéditos foram obtidos por atletas da categoria júnior, que também contará com disputas no Mundial em Tbilisi, na Geórgia. Clayton Duarte Costa (até 59kg), Gabriel Serafim de Lima (até 49kg), Murilo Major (até 54kg), Tayná de Alcântara (até 45kg) e Valéria Alves dos Santos (até 86kg) foram os halterofilistas que bateram as marcas nesta classe.
Outros três atletas também bateram o índice em suas respectivas categorias nesta manhã, mas já tinham a marca estabelecida anteriormente e participaram da Seletiva apenas para adquirir ritmo de competição. Foi o caso de Márcia Menezes (mais de 86kg), Ezequiel de Souza Correa (até 72kg), e Lucas Manoel dos Santos (até 49 kg). Lucas, inclusive, tem índice tanto para a categoria júnior quanto para a adulta (open sênior) e poderá competir pelas duas no Mundial da modalidade.
Já João França Júnior, atleta potiguar que nasceu com artrogripose, doença que comprometeu o movimento de suas pernas, chegou a erguer 162 kg, apesar dos 127 kg que tinha como índice na sua nova categoria (até 54 kg).”Na categoria 49 kg, eu tinha que ficar muito magro, então, eu sofria bastante. Agora, eu tenho um espaço para crescer [fisicamente] mais. Espero no Mundial estar melhor ainda para representar a nossa nação”, apontou.
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Vale lembrar que, anteriormente, o Mundial aconteceria na cidade de Batumi, também na Geórgia, mas por motivos logísticos de voos internacionais, após consulta aos países inscritos, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês), alterou a sede da competição.
Por fim, além disso, na última edição do Mundial de halterofilismo paralímpico, em 2019, em Nur-Sultan, no Cazaquistão, o Brasil faturou a medalha de prata por equipes com Bruno Carra, Evânio Rodrigues e Mariana D’Andrea.