Há menos de um mês do fim dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Phelipe Rodrigues, o nadador que conquistou bronze nos 50m livre pela classe S10 já esteve na água novamente. Mas, agora de férias e por um motivo muito nobre. O atleta paralímpico, que é voluntário no Projeto britânico Dreamflight velejou por uma semana no nordeste com o objetivo de arrecadar R$10 mil.
O Dreamflight é uma iniciativa que organiza uma viagem anual para 192 crianças em situação de vulnerabilidade social ou com deficiência ou com alguma doença grave. O passeio de dez dias, sempre em outubro, na Disney (EUA) é 100% gratuito para os participantes.
Phelipe e outros dez amigos velejaram de kitesurf de Jericoacoara (CE) até os Lençóis Maranhenses, em seis dias. As doações puderam – e ainda podem – ser feitas direto no site do projeto.
“Aqui o resultado que importa não são os milésimos de segundos, mas conseguir bater a meta dos custos de da viagem dos sonhos de, ao menos, duas crianças”, afirma Phelipe, dono de oito medalhas paralímpicas e amante de esportes na água como surf, kitesurf e windsurf.
Águas já velejadas
Em 2016, alguns meses antes da Paralimpíada do Rio, Phelipe esteve na cidade-sede dos Jogos para uma ação semelhante a esta. O voo de asa delta na Pedra Bonita, no Alto da Boa Vista, também tinha por objetivo divulgar o Dreamflight. Sua esposa, a ex-nadadora paralímpica inglesa Liz Johnson, foi quem o apresentou ao projeto. Além de voluntária, Liz também foi uma das participantes quando criança.
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“Quem vê as fotos do período da viagem pode achar que é só lazer nos dias que ficamos nos parques. Claro que é divertido e muito recompensador, mas o trabalho começa muito antes. Na verdade, eu diria que não pára. A gente trabalha o ano todo para conseguir viabilizar a viagem. Infelizmente, não tivemos a edição de 2020 e não teremos neste ano, mas já estamos organizando a edição do ano que vem e queremos que seja a mais especial de todas”, comenta o maior medalhista brasileiro no último Parapan-Americano.
