A Paralimpíada se despediu de Tóquio neste domingo e prepara sua partida para acontecer novamente em Paris-2024. Na capital japonesa, o Brasil fez história ao conseguir sua maior quantidade de ouros (22) e igualar o recorde de pódios da Rio-2016 (72) e também a melhor colocação da história (Londres-2012) com o sétimo lugar no quadro de medalhas. O país também se despediu na terral do Sol nascente do maior ídolo de sua história, Daniel Dias, que com os três terceiros lugares obtidos por aqui, totalizou incríveis 27 láureas na carreia. Como homenagem, foi o porta-bandeira na cerimônia de encerramento.
Apesar da despedida de Daniel Dias, o Brasil viu nascer novas estrelas na Paralimpíada, a principal delas foi Maria Carolina Santiago, maior medalhista do Brasil na competição, com três ouros, uma prata e um bronze na natação. Ela ficou em sétimo lugar entre os multimedalhistas da Paralimpíada. O recordista foi o nadador ucraniano Maksym Krypak, que subiu ao pódio sete vezes, cinco no lugar mais alto, uma na segunda colocação e outra na terceira.
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Mas com tantas medalhas conquistadas, Maria Carolina Santiago não brilhou sozinha. Só na natação, ela teve a companhia de Gabriel Geraldo (dois ouros e uma prata), Gabriel Bandeira (um ouro, duas pratas e um bronze), Wendell Belarmino (um ouro, uma prata e um bronze) e Talisson Glock (um ouro e dois bronzes).
No atletismo, Yeltsin Jacques colocou dois ouros no peito ao vencer os 1500 m e os 500 m T11. Alessandro Rodrigo (um ouro e uma prata) e Petrúcio Ferreira (um ouro e um bronze) foram os outros destaques. A modalidade, aliás, foi a que mais abocanhou medalhas para o Brasil. Ao todo, foram 28 (oito de ouro, nove de prata e 11 de bronze), cinco a mais do que a natação, que teve oito ouros, cinco pratas e dez bronzes.
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A soma do atletismo com a natação dá 51 medalhas, 70,8% dos pódios conquistados pelo Brasil, que, no entanto, foi condecorado também na bocha (2), canoagem (3), hipismo (1), futebol de 5 (1), goalball (1), judô (3), halterofilismo (1), remo (1), vôlei sentado (1), tênis de mesa (3), taekwondo (3) e esgrima (1).
O Brasil subiu no pódio em 14 esportes diferentes com destaque para o estreante taekwondo, que começou a ser trabalhando pela Confederação Brasileira (CBTKD) apenas em 2017 e conseguiu terminar a frente de todos os países no quadro de medalhas com um ouro, uma prata e um bronze.
Mais uma vez, a força foi mostrada nos esportes coletivos. O Brasil foi pentacampeão no futebol de 5, faturou seu primeiro ouro no goalball e o segundo bronze seguido no vôlei sentado.
Por tudo isso, a cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, que teve também Daniel Dias apresentado como novo membro da comissão de atletas do IPC (Comitê Internacional Paralímpico), foi especial. Foi a melhor campanha do Brasil com vitórias e histórias dentro e fora dos locais de competição que ficarão para sempre na memória. Arigato, Tóquio!