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Cowboy de Aço conquista a medalha de ouro na canoagem velocidade

Fernando Rufino cravou 53s077 para vencer a VL2 e conquistar a primeira medalha da carreira em Jogos Paralímpicos. Giovane Vieira é prata no VL3 200 m

Fernando Rufino canoagem velocidade jogos paralímpicos
(Miriam Jeske/CPB @miriamjeske.photo)

Tóquio – O brasileiro Fernando Rufino, o Cowboy de Aço, conquistou a medalha de ouro na classe VL2 da canoagem velocidade dos Jogos Paralímpicos. Ele marcou o tempo de 53s077 na final disputada noite desta sexta-feira (3), pelo horário de Brasília, na raia do Sea Forest Waterway, Baía de Tóquio. Logo depois, Giovane Vieira foi prata na disputa do VL3. Mari Cristina Santilli, Caio Ribeiro e Luis Carlos Cardoso também competiram no último dia da modalidade.

Fernando Rufino dominou toda a competição da VL2. Venceu com folgas a bateria classificatória na noite de quarta-feira (1º), colocou quase dois segundos no segundo colocado, e passou direto para a final sem precisar remar na semi. Hoje, na disputa da medalha de ouro, largou na frente, logo colocou quase um barco de vantagem e passou na linha de chegada ainda mais folgado, com 2s016 de frente sobre o vice-campeão Steven Haxton, dos Estados Unidos (55s093). O bronze foi para Portugal com Norberto Mourão marcando 55s365. Luis Carlos Cardoso, que foi prata na KL1, disputou a mesma prova e ficou em sétimo lugar com 56s390.

Fernando Rufino canoagem velocidade jogos paralímpicos
Festa brasileira na Sea Forest Waterway (Miriam Jeske/CPB @miriamjeske.photo)

Giovane Vieira é prata

No VL3 200 m masculino, Giovane Vieira foi ao pódio. Após uma excelente largada, o brasileiro se manteve entre os líderes durante todos os 200 metros da competição. Um pouco perto da metade, ele caiu para o terceiro lugar, mas voltou a crescer nos últimos metros e ficou com a medalha de prata com o tempo de 52s148. Caio Ribeiro, do Time Nissan, terminou em sétimo com 53s246. O australiano Curtis Mcgrath confirmou o favoritismo, liderou de ponta a ponta, e venceu com 50s537. O bronze foi do britânico Stuart Wood, marcando 52s760.

“Nunca participei de muitos eventos com a canoa, só tenho um ano e meio com ela. Passei em terceiro na classificatória, fui bem. Aí teve a outra prova (semifinal), que foi hoje. Consegui passar em primeiro e vi que podia dar medalha. Aí pensei: ‘vou dar tudo de mim e seja o que Deus quiser’ e acabou saindo essa prata”, disse Giovane. “Na final, a estratégia foi sair arregaçando, no meio aliviar para deixar o barco andar um pouco e no final arregaçar mais ainda. E foi isso, saí forte, consegui me manter junto com eles e depois dei o máximo.”

Giovane Vieira canoagem velocidade jogos paralímpicos
(Miriam Jeske/CPB @miriamjeske.photo)

Reconstrução

No fim do ano passado, Caio Ribeiro fraturou o tornozelo. Passou três meses em cadeira de rodas e somente no quarto iniciou a fisioterapia. “Até 2020 tinha certeza das minhas condições físicas para ser campeão, porém eu me joguei no chão e ainda estou me reconstruindo. Foi uma bela demonstração de que a minha cabeça está em um lugar e o meu corpo ainda não está preparado para voltar ao pódio. Infelizmente eu tenho de aceitar isso, continuar treinando porque não é fácil. Eu nem sabia que viria para os Jogos, nem sabia que conseguiria ir para a final. Então estou feliz, nem tenho muito o que reclamar. Eu me dei essas condições agora é manter a cabeça erguida, sei do meu potencial e bora, a vida continua”

Mari Cristina Santilli fica em oitavo

Na disputa do KL3 200 feminino, Mari Cristina Santilli terminou com a oitava colocação. Sempre ficando no grupo de trás na prova, a brasileira terminou com a marca de 54s093. O pódio foi composto por Laura Sugar, da Grã-Bretanha, com a marca de 49s582, a prata foi da francesa Neila Barbosa, 51s558, e o bronze ficou com Felicia Laberer, da Alemanha, registrando 51s868.

Ainda na noite desta sexta o Brasil tem mais duas atletas nas finais, Giovane de Paula e Caio Ribeiro, atleta do Time Nissan, competem às 11h56 na VL3, prova que fecha o programa da canoagem velocidade dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Assista ao vivo!

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Adriana Azevedo também competiu, mas ficou na semifinal da KL1. Ela foi a quarta colocada da segunda bateria da modalidade, com o tempo de 1min05s564, mas apenas as três primeiras passavam. A terceira colocada foi a russa Alexandra Dupik, que cravou 58s673.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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