Atual campeão Paralímpica, Parapan-Americana e uma das referências da bocha brasileira. Essa é Evelyn Oliveira. Por conta de todas as conquistas em sua modalidade e o que representa para o desporto paralímpico do país, a atleta foi convidada para ser uma das porta-bandeiras do Brasil na abertura da Paralimpíada de Tóquio. Sobre os Jogos, em que defenderá sua medalha de ouro na categoria BC3, Evelyn é direta. “Tenho a expectativa que o Brasil consiga bater recordes em Tóquio”.
-Saindo da mitologia, atletas falam da rotina no esporte paralímpico
O Brasil é uma potência paralímpica. Nas últimas três edições de Jogos Paralímpicos o país conseguiu terminar dentro do top10 do quadro de medalhas, com destaque para as 72 medalhas conquistadas em 2016, recorde em quantidade, e o recorde de medalhas de ouro, que aconteceu em 2012. Para Tóquio, 260 atletas do país desembarcam no Japão buscando o melhor e Evelyn Oliveira não esconde o que pensa.
“Tenho a expectativa sim de que o Brasil consiga bater recordes. Por mais que aconteceram imprevistos, por conta da pandemia, com os atletas tendo que se reinventar, eu acredito no poder de resiliência dos brasileiros. Penso que no nosso caso essas questões fazem com que a vontade seja ainda maior. Acredito de verdade que o Brasil tem preparação suficiente para representar o seu povo aqui”.
Além dos recordes já citados, a delegação brasileira pode alcançar outro marco importante nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Até o momento, na história das Paralimpíadas, o Brasil conquistou 87 medalhas de ouro. Se levarmos em consideração que em 2016 os brasileiros subiram 14 vezes no lugar mais alto do pódio, a chance do 100º ouro da história do país acontecer em terras japonesas existe.
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Maturidade no ciclo mais longo
2016 foi um grande ano para Evelyn. Nos Jogos Paralímpicos realizados no Rio de Janeiro, a atleta fez parte da estreia de sua classe em uma Paralimpíada e conquistou a medalha de ouro na competição. Apesar do resultado, a atleta sabe o que mudou na atleta da bocha de 2016 para a atleta da bocha de 2021.
“Aqui nos Jogos Paralímpicos de Tóquio eu sou um pouco mais madura, por conta do tempo que se passou nesse ciclo de cinco anos. Em 2016 a gente era um grupo muito novo na bocha e era a estreia da minha categoria na Paralimpíada. Fomos impactados por tudo, teve uma curtição muito grande, sem saber o tamanho daquilo. Agora é diferente. Já fomos líder do ranking mundial, somos os campeões paralímpicos e existe uma maturidade maior”.
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Representar uma delegação
Antes mesmo de começar a Paralimpíada de Tóquio, Evelyn Oliveira teve sua primeira conquista. A convite do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) a atleta e Petrúcio Ferreira, do atletismo, foram chamados para serem os porta-bandeiras do Brasil na abertura dos Jogos Paralímpicos. Sobre o momento, a atleta da bocha descreu da seguinte forma.
“Foi demais. Eu conversei com o Petrúcio que a ficha começou a cair ali no momento do desfile. Poder representar o esporte paralímpico nacional e todos os brasileiros é uma honra. Eu não esperava estar na abertura por conta das questões da pandemia e quando eu recebi o convite, por parte do Mizael (presidente do CPB) e da direção técnica do CPB eu fiquei muito honrada”, finalizou.