Em preparação para a Paralimpíada, a Seleção Brasileira de judô paralímpico encerrou em grande estilo sua participação no IBSA Grand Prix de Warwick, na Inglaterra. Neste domingo (20), o país foi quatro vezes ao pódio graças às conquistas de Alana Maldonado (até 70 kg) e Meg Emmerich (mais de 70 kg), que ficaram com a prata, e Rebeca Silva (mais de 70 kg) e Wilians Araújo (mais de 100 kg), que faturaram o bronze.
Tais resultados somados ao ouro de Lúcia Araújo (até 57 kg) do dia anterior fizeram o Brasil terminar o evento com cinco medalhas ao todo.
Assim, a Seleção finalizou sua turnê europeia, que já dura mais de um mês e havia passado pelo Azerbaijão anteriormente, com dez medalhas na bagagem. O foco total a partir de agora serão as fases de treinamento restantes até a disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em agosto.
“Foram duas competições muito importantes depois de mais de um ano sem lutar. Na primeira, em Baku, cheguei à final e conquistei o ouro. Aqui na Inglaterra fico com a prata. Agora é focar, ajustar e chegar em Tóquio para ser campeã paralímpica”, disse Alana Maldonado, derrotada na final do GP britânico pela mexicana Lenia Ruvalcaba Alvarez.
Caminhos iguais
“Senti que ainda tenho algumas coisinhas a melhorar. Me sinto preparada para Tóquio, mas há pequenos detalhes para corrigir”, analisou Meg Emmerich, que perdeu para a italiana Carolina Costa, a mesma oponente da decisão em Baku, quando a brasileira levou a melhor.
Aliás, os caminhos de Meg nos dois Grand Prix foram exatamente os mesmos: vitórias nas respectivas estreias sobre a americana Katie Davis e, nas semifinais, diante da conterrânea Rebeca Silva. Beca, por sinal, repetiu o feito do Azerbaijão e conseguiu o bronze depois de bater a ucraniana Anastasiia Harnyk. “Sinto que meu ciclo foi muito bom”, falou a atleta de 20 anos, a “caçula” desta Seleção.
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“Só eu sei o que passei para estar aqui, a minha família, minha esposa. A perda do meu pai foi um ippon que a vida me deu. Essa medalha aqui é para ele. Foi um ciclo conturbado, com duas cirurgias. Só pude participar de quatro competições das sete que valiam pontos para Tóquio. E saio daqui classificado. Para mim, é uma vitória muito grande”, disse Wilians Araújo, bastante emocionado depois do bronze no Grand Prix de Warwick conquistado graças a um lindo ippon sobre o atleta da casa Jack Hodgson já no chamado golden score, a prorrogação do judô. Wilians perdeu o pai, Severino, no ano passado.