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Petrúcio fica a três centésimos do próprio recorde na abertura da Seletiva

Petrúcio quase bateu seu próprio recorde mundial no primeiro dia da Seletiva de atletismo para Tóquio 2020

Petrúcio - Seletiva de atletismo paralímpico
(Marcello Zambrana/CPB)

Atleta paralímpico mais rápido do mundo, o paraibano Petrúcio Ferreira quase repetiu a marca do seu próprio recorde na prova dos 100m pela classe T47 (para amputados de braço) nesta terça-feira (8), durante a abertura da Fase de Treinamento Seletiva do atletismo paralímpico para Tóquio 2020. Todos os atletas aguardam o final da seletiva, disputada no Centro Paralímpico, em São Paulo, para confirmar suas vagas para o evento na capital japonesa.

Em uma das séries da prova dos 100m desta manhã, Petrúcio completou a distância em 10s45. São três centésimos mais lentos do que os 10s42 que registrou na semifinal no Campeonato Mundial de Atletismo em Dubai 2019. Desde então, o seu recorde mundial não foi batido.

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“Fiquei muito feliz com o tempo. Durante todo este período de pandemia, precisei me reinventar com treinamentos no sítio, em casa, ou em outros locais adversos. Com um ano e três meses sem competir e fazer esse tempo mostra que fizemos uma boa preparação e conseguimos manter a minha performance apesar de todos os desafios”, afirmou o atleta.

Evolução

Desde a última edição dos Jogos, ele já diminuiu 15 centésimos da sua marca nos 100m rasos. Já o tempo que Petrúcio alcançou em Dubai foi oito centésimos mais rápido do que o recorde mundial do qual ele mesmo era o dono. De quebra, a marca que ele estabeleceu em 2018 havia superado a registrada no Mundial de Atletismo de Londres 2017. Na ocasião, ele não só quebrou o recorde dos 100m com o tempo de 10s53, como fez o mesmo nos 200m (21s21). Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, ele havia completado os 100m em 10s57, menor tempo do mundo na época. 

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“Eu estou me preparando para Tóquio desde que terminou os Jogos Rio 2016. Estou focado nessa grande competição. Apesar de algumas circunstâncias que aconteceram no meio do caminho, os Jogos Paralímpicos não foram cancelados, apenas adiados por um ano. Neste meio tempo, eu consegui manter o foco no meu objetivo, que é representar o meu país e dar o meu melhor. Então, minha expectativa é muito boa porque os treinos estão fluindo bem”, afirmou Petrúcio. Ele disputará os 100m e os 400m em agosto, na capital japonesa. 

Mais resultados desta terça

Nas pistas do CT Paralímpico, em São Paulo, aconteceram na manhã desta terça (8) as primeiras provas dos 100m masculino e feminino na Seletiva de atletismo paralímpico para Tóquio 2020. O velocista Christian Gabriel da Costa, da classe T37 (para atletas com paralisia cerebral), correu os 100m em 11s29 e bateu o índice de 11s34 colocados como marca pré-estabelecida em sua classe.

Já Vinícius Rodrigues, medalhista de bronze nos 100m da classe T63 (para amputados de perna) no Mundial de Atletismo Dubai 2019, ficou a dois centésimos do seu índice – fez 12s26 ante os 12s24 a serem atingidos.

Por fim, outro atleta que ficou próximo do índice foi Fábio Bordignon, da classe T35 (para atletas com paralisia cerebral). O medalhista de prata nos 100m e nos 200m no Rio 2016 correu a mesma prova em 12s53, sete centésimos mais lento do que o tempo a ser batido. 

Na parte da tarde, nos 400m, o paulista Thomaz Moraes (T47) correu abaixo da marca do índice de 49s que o habilita para os Jogos de Tóquio. Com o tempo de 48s74, Thomaz, que tem má-formação congênita no braço direito abaixo do cotovelo, aguarda o final da seletiva e também da convocação oficial para confirmação de vaga no maior evento paradesportivo do mundo na capital japonesa

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