Mudanças profundas devem acontecer nos próximos anos na esgrima em cadeira de rodas, incluindo no próprio nome.
No último sábado (21), o congresso da IWASF (Federação Internacional de Esportes para Amputados e Cadeira de Rodas) elegeu o brasileiro Arno Schneider, vice-presidente da CBE (Confederação Brasileira de Esgrima), como representante das Américas no Comitê Executivo da entidade. E várias outras ações de impacto na modalidade no Brasil acontecerão em breve.
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A primeira será a mudança no nome do esporte. Após os Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, que serão disputados em 2021, a esgrima em cadeira de rodas passará a se chamar paraesgrima. A entidade aposta em um desenvolvimento maior da modalidade nos próximos anos e atua em conjunto com a CBE neste sentido.
Fortalecer a modalidade
Para isso, IWASF e CBE assinaram um convênio para a implantação de uma escola de esgrima em cadeira de rodas no Brasil, a partir do ano que vem. Serão oferecidos quatro cursos anuais: um de classificador, com 10 a 15 vagas; um curso de árbitros, com certificação internacional, com 20 a 25 vagas; e dois cursos de técnicos, com possibilidade de atender a 20 alunos em cada.
“Queremos fortalecer a modalidade e aumentar o número de praticantes nas Américas, o que é fundamental para conseguirmos colocar a modalidade no programa dos Jogos Parapan-Americanos de 2027”, explica Arno Schneider.
Para fazer parte dos Jogos, a modalidade precisa ter oito dos 33 países praticando a modalidade, até o ano de candidatura ao evento, em 2023. Hoje, são apenas cinco.
“Tivemos um seminário de arbitragem no último final de semana, com 67 pessoas de 16 países diferentes da América participantes. Podemos chegar a esse número”, explica o novo membro do Comitê Executivo da IWASF.