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Conheça o CPB, a casa do esporte paralímpico no Brasil

Complexo localizado em São Paulo atende 15 modalidades paralímpicas e é local de treinamento para 1.500 atletas mensalmente

CT Paralímpico foi inaugurado em maio de 2016 sede
CT Paralímpico foi inaugurado em maio de 2016 (Ale Cabral/CPB)

No dia 26 de maio de 2016, a cidade de São Paulo se tornou oficialmente a casa do esporte paralímpico no Brasil. Nesta data, foi inaugurado o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, complexo administrado pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) em que atletas e seleções de 15 modalidades paralímpicas do país utilizam para disputar e se preparar para as diversas competições de seus calendários do esporte paralímpico.

Com uma área total de 130 mil m², sendo 95 mil m² de área construída, o centro de treinamento, localizado no Parque Fontes do Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, é o local de trabalho de mais de 1.500 atletas paraolímpicos mensalmente.

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Anunciado em 2012 com a ousada expectativa de ser um principais centro de treinamentos esportivos do planeta, o complexo cumpre o seu papel e hoje é comumente apontado como o principal legado dos Jogos Paralímpicos disputados no Rio de Janeiro em 2016 em termos de infraestrutura esportiva para os esportes adaptados.

Conheça como é o Centro Paralímpico

Referência mundial

“Já tive a oportunidade de trabalhar em vários Centros de Treinamentos do país, mas nenhum se compara ao Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo. Para tudo que ele se propõe ele é o melhor do mundo. Existem alguns excelentes centros para modalidades específicas, mas de um modo geral, nenhuma se compara com o da Imigrantes”, declarou o técnico Fábio Dias, treinador da seleção de atletismo paralímpico.

Ao todo, o espaço compreende 42 instalações esportivas de 15 modalidades do esporte paralímpico: atletismo, basquete, esgrima, rúgbi e tênis em cadeira de rodas, bocha, natação, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, triatlo e vôlei sentado.

CT Paralímpico integra 42 instalações esportivas para 15 modalidades
CT Paralímpico integra 42 instalações esportivas para 15 modalidades (Ale Cabral/CPB)

Além de toda essa estrutura específica para as práticas esportivas, o complexo conta ainda com refeitório, academia, centro de convenções, laboratórios e salas de fisioterapia e uma área residencial com alojamentos com capacidade para 280 pessoas durante períodos de competições e treinamentos.

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Mesmo tendo estreado apenas um ano antes dos Jogos de Rio 2016, as instalações do CPB foram um dos fatores apontados pelos atletas para explicar o fato daquela edição ter sido a melhor de todos os tempos do Brasil no quesito conquistas, com 72 pódios. Um número bem superior ao recorde anterior de 47 medalhas, em Pequim-2008.

CT conta com Academia,  laboratórios e salas de fisioterapia e uma área residencial CPB
CT conta com Academia, laboratórios e salas de fisioterapia e uma área residencial (Ale Cabral/CPB)

Não é só alto rendimento

“O CPB teve um impacto muito significativo no desenvolvimento do esporte paralímpico. Ele oferece uma estrutura muito próxima ao que qualquer atleta encontra em suas competições internacionais como as Paralímpiadas. E não só no alto rendimento, já que o local possibilita também possibilita que clubes paralímpicos possam realizar as suas atividades, além de atender programas de iniciação esportiva entre as crianças. A expectativa é de que os resultados desse desenvolvimento trazido pelo local seja perceptível nas próximas edições de Jogos Paralímpicos”, declarou o diretor técnico do CPB, Alberto Martins.

Além do local ser a sede das atividades de preparação para os atletas, o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro também é palco de uma série de competições. Em 2019, por exemplo, 413 eventos foram realizados no CT Paralímpico e 36.264 pessoas, entre atletas, comissão técnica e apoiadores estiverem presentes no espaço. Até o mês de março, quando foi decretada a pandemia do coronavírus no planeta, mais de 200 competições, de esportes olímpicos e paraolímpicos, estavam marcadas para serem disputadas ali.

Centro de Treinamento Paralímpico permaneceu fechado por quase 120 dias por conta da pandemia CPB
CT permaneceu fechado por quase 120 dias por conta da pandemia (Ale Cabral/CPB)

“O Centro de Treinamento Paralímpico é apontado como um dos quatro melhores locais de treinamentos no planeta. Isso é uma conquista enorme não só do movimento paralímpico, mas do esporte em geral do Brasil. É a casa não só do esporte paralímpico, mas sim de todo o esporte. Ele atende desde crianças e pessoas que ainda estão aprendendo como é o esporte, como também os atletas de alto rendimento”, avaliou Verônica Hipólito, detentora de uma prata e um bronze no atletismo durante os Jogos de 2016.

Mudança de rotina

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A pandemia, aliás, acabou mudando bastante a realidade do local nos últimos meses. Após quase 120 dias fechado por conta do coronavírus, o Centro de Treinamento voltou a receber atletas no final do mês de julho. Porém, num número bem reduzido em comparação ao período anterior à pandemia. Neste retorno, apenas atletas campeões mundiais e medalhistas paralímpicos da natação, tênis de mesa e atletismo puderam voltar aos treinamentos.

Pandemia fez CPB fechar Centro de Treinamento Paralímpico por quase 120 dias
Poucos atletas puderam retornar às atividades no local após a pandemia (Ale Cabral/CPB)

Um dos atletas que faz parte desse retorno é o nadador Phelipe Rodrigues, dono de sete medalhas em Paralímpiadas.  O atleta comemora o fato de ter toda essa estrutura a disposição de todos os esportistas paraolímpicos do país.

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“O que faz um atleta ser bem sucedido é a sua rotina de treinos e ter um local para essas atividades é essencial.  O Centro de Treinamento nos oferece todo infraestrutura que nós precisamos e tudo isso aqui perto da nossa casa. Tudo isso faz a diferença na hora de competir. Assim, nós não precisamos nos readaptar para as competições, já que treinamos em um local de ponta”, avaliou  Phelipe Rodrigues.

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