No último dia 22 de setembro, foi comemorado o Dia Nacional do Atleta Paralímpico. Daqueles que defendem e alçam as cores do Brasil ao mais alto patamar mundial. Daqueles que são superação e inspiração. E por isso, para celebrar os nossos guerreiros, o Olimpíada Todo Dia preparou uma lista com 10 motivos para você acompanhar o esporte paralímpico brasileiro. Confira!
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1. Resultados e desempenho
O esporte paralímpico brasileiro vive, talvez, seu melhor momento. Nos últimos anos, as modalidades têm tido resultados importantes, colocando o Brasil na elite mundial. E daqui menos de um ano, no dia 24 de agosto de 2021, terá início os Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, onde país tem tudo para fazer ainda mais história.
Em Pequim-2008, o Brasil quebrou pela primeira vez a barreira dos 10 primeiros colocados, terminando na nona posição do quadro de medalhas. Quatro anos depois, a delegação alcançou então seu melhor resultado até hoje, ficando em sétimo lugar, com 21 medalhas de ouro. E em casa, na Rio-2016, os brasileiros terminaram em oitavo, mas conquistaram o maior número de medalhas até agora: 72.
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No total, portanto, são 302 medalhas paralímpicas conquistadas desde a primeira participação do Brasil em Jogos Paralímpicos, em 1972, sendo que a primeira medalha veio apenas quatro anos depois. Isso sem contar o desempenho em Mundial e Pan-Americanos. Por isso, a expectativa para Tóquio-2020 é das melhores possíveis!
2. 152 classificados e contando
Até agora, o Brasil já tem 152 classificados para Tóquio-2020, mas o número deve aumentar bastante até lá. Primeiro porque algumas vagas ainda estão em disputa, por causa da paralisação do calendário pela pandemia de coronavírus. E segundo, porque outras vagas, garantidas antes da pandemia, carecem de confirmação, já que os critérios nacionais de convocação estão em processo de revisão.
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De Pequim-2008 para cá, o Brasil aumentou e muito a sua delegação. Nos Jogos Paralímpicos na China, foi a primeira vez que o país passou dos 100 atletas, levando 188. Em Londres-2012 foram 182 e na Rio-2016, por ter sido país sede, o Brasil teve sua maior delegação até agora, com 286 atletas.
3. Estrutura de alto nível
Você já ouvir falar no Centro de Treinamento Paralímpico do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro)? Ele fica em São Paulo e proporciona aos atletas uma estrutura de altíssimo nível, sendo referência no Brasil e na América. Tem uma área total de 130 mil m², sendo 95 mil m² de área construída.
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O complexo abriga 15 modalidades, além de alojamentos, academia, Centro de Medicina e Ciência do Esporte, e muito mais. O local recebe também treinamentos, competições e intercâmbios das seleções brasileiras e tem sido fundamental para o desenvolvimento do esporte paralímpico do país. Por fim, o CT Paralímpico vai além do alto rendimento, proporcionando programas de iniciação esportiva para crianças.
4. Conhecendo novos esportes
Você conhece o goalball? Ou já ouvir falar da bocha? Pois bem. Acompanhar o movimento paralímpico significa conhecer novas modalidades. Ao todo, são 22 esportes incluídos no programa das Paralimpíadas, alguns diferentes do que estamos habituados a ver no olímpico. Você sabia que o goalball é a única modalidade que não é adaptada? Ou seja, é um esporte especificamente criado para pessoas com deficiência visual?
E a bocha? Você sabia que ela é disputada por atletas com alto grau de paralisia cerebral ou deficiências severas? E que a modalidade teve um antecessor nos Jogos Paralímpicos, chamado então de lawn bowls, uma espécie de bocha jogada na grama? E foi justamente no lawn bowls que o Brasil conquistou sua primeira medalha em Jogos?
Esses são dois dos exemplos de diversidade esportiva que os Jogos Paralímpicos apresentam. Então por que não aproveitar para conhecer mais modalidades?
5. O CR7 do goalball
E falando em goalball, a modalidade tem um melhor jogador do mundo e ele é brasileiro. Leomon Moreno é o principal nome do esporte e peça fundamental na ascensão meteórica da modalidade no Brasil nos últimos anos. E quando foi contratado para defender o Sporting, de Portugal, foi anunciado como “CR7 do goalball”.
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Leomon esteve presente na seleção desde 2011, quando o crescimento começou de fato, com o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. De lá para cá, eles foram campeões em 2015 e 2019, além de bicampeões mundial e conquistaram uma prata e um bronze paralímpico. Agora, o CR7 do goalball quer levar o Brasil à cereja do bolo, com o ouro em Tóquio-2020.
6. Futebol de 5: uma tradição
Poucas hegemonias no mundo do esporte são tão fortes quanto a do Brasil no futebol de cinco! A modalidade, adaptada para deficientes visuais, entrou no programa paralímpico apenas em Atenas-2004. E de lá para cá, o país conquistou todas as quatro medalhas de ouro possíveis. Assim, a seleção brasileira chegará na disputa de Tóquio-2020 como fortíssimo candidato para conquistar o pentacampeonato!
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Além disso, o Brasil ainda é cinco vezes campeão mundial de futebol de cinco, com as conquistas em 1998, 2000, 2010, 2014 e 2018. E conta ainda com Ricardinho, atleta eleito três vezes o melhor jogador do mundo da modalidade!
7. Maior atleta paralímpico da história do Brasil
Sim, ele existe! E seu nome é Daniel Dias. Ele é o brasileiro com maior número de medalhas paralímpicas conquistadas e o 10º maior do mundo, com 24 medalhas, sendo 14 de ouro, sete de prata e três de bronze.
Além disso, ele é o maior medalhista da história da natação paralímpica masculina e ainda é o maior medalhista brasileiro em Mundiais com incríveis 40 medalha (31 ouros, sete pratas e dois bronzes). E o melhor de tudo: o show continua em Tóquio-2020!
8. O paralímpico mais rápido do mundo é nosso
Se a Jamaica tem Usain Bolt, o Brasil tem Petrúcio Ferreira! O paraibano é o paratleta mais rápido do planeta e da história! Ele é o atual campeão paralímpico nos 100 m na classe T47 e bicampeão mundial da prova, com o recorde de 10s42. E soma-se ainda mais dois ouros em mundiais, nos 200 m, em 2017, e nos 400m, em 2019.
+Legião de campeões vai brilhar no atletismo paralímpico
Mas quebrar recordes mundiais já é rotina na vida de Petrúcio Ferreira, já que a marca anterior também era dele, 10s50, obtida em junho do ano passado durante o Grand Prix de Atletismo Paralímpico. E isso tudo, aos 23 anos! Ele ainda tem muito para aprontar nas pistas ao redor do mundo!
9. Promessas
Não é “só” dos últimos e excelentes resultados que o esporte paralímpico brasileiro vive. A nova geração do Brasil já tem grandes e promissores nomes para Tóquio-2020 e os Jogos que virão. Quem puxa a fila é a natação, com Maria Carolina Santiago e Wendell Belarmino.
Apesar de ter 34 anos, Maria Carolina Santiago adotou o esporte paralímpico há pouco mais de dois anos e já foi campeã mundial em duas provas em 2019. Já Wendell Belarmino tem somente 22 anos, mas já é um grande nome da elite da natação. Ele conquistou seis medalhas em Lima-2019, sendo quatro de ouro, e três no mundial, chegando como favorito em Tóquio.
+Renovada, natação paralímpica brigará no topo daqui a um ano
Além da natação, o judô conta com uma atleta para lá de promissora. Alana Maldonado tem 25 anos, foi vice-campeã paralímpica na Rio-2016 e campeã mundial em 2018, a primeira atleta a alcançar tal feito no judô paralímpico feminino. Assim, ela vai em busca do ouro em 2021.
10. Promovendo a inclusão
O movimento paralímpico é um exemplo de plataforma de inclusão. Ele abre as portas à pessoas com deficiência, seja ela de nascença ou adquirida, e as faz se sentirem valorizadas. Nele, são todos iguais e todos podem ser aquilo que sempre sonharam. Os paratletas querem ser reconhecidos como pessoas produtivas e eficientes assim como de fato são e assim como qualquer outro cidadão. Eles são atletas de alto rendimento e ponto final.
+Acessibilidade e o papel do esporte na conquista de melhorias
Não tem diferença, discriminação. É todo mundo igual, fazendo o que ama e mostrando que nada é impossível. O esporte paralímpico quebra estereótipos. E mais do que isso, ele dá às pessoas oportunidade e propósito como poucas outras áreas dão.