O crescimento do judô feminino brasileiro nos últimos anos é inegável. Seja no olímpico ou no paralímpico, as atletas mulheres vem sendo protagonistas, elevando a modalidade ao mais alto nível. Uma delas é Alana Maldonado. Em 2018, com apenas 23 anos, ela fez história ao se tornar a primeira campeã mundial paralímpica da modalidade. E agora, a exatos um ano da estreia do judô nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, ela quer fazer ainda mais história.
“Uma medalha de ouro para o judô feminino paralímpico seria muito importante. Temos o Antônio Tenório com quatro ouros no masculino, mas no feminino ainda não temos. E eu quero muito trazer esse título.Conquistei o primeiro ouro em Campeonato Mundial, espero repetir agora nos Jogos Paralímpicos e deixar meu nome na história do judô feminino”, destacou Alana em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
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Atualmente, a atleta natural de Tupã (SP), lidera o ranking mundial na categoria até 70 kg. Com a interrupção do calendário internacional por causa da pandemia de coronavírus, ainda serão realizadas duas competições valendo pontos para o ranking, até o fechamento dele para Tóquio-2020. No entanto, neste momento, mesmo que Alana não participe destes torneio, ela está classificada para os Jogos no ano que vem. Quanto aos outros brasileiros, ainda é preciso esperar o fechamento do ranking em 2021.
Confiança e expectativa
Alana Maldonado chega vai a Tóquio-2020 como uma das favoritas a levar a medalha de ouro para casa. E se hoje ela tem esse status, é porque fez por merecer. Desde 2015, quando tinha 20 anos, a atleta está na elite do judô feminino, somando conquistas ao seu currículo, com destaque para as medalhas em Mundiais, Jogos Pan-Americanos e o vice-campeonato na Rio-2016, sua primeira Paralimpíada.
A experiência no Rio de Janeiro, inclusive, será importante para que Alana chegue ainda mais preparada para representar o judô brasileiro em Tóquio-2020. Mas a concorrência não será fácil.
“A minha categoria é bem forte. Todas que se classificarem vão ter chance de brigar por medalha, afinal são as oito melhores do mundo. Hoje, as atletas que eu sempre enfrento nas finais são a mexicana, que eu inclusive fiz final da Rio-2016, e a atleta do Uzbequistão, que eu fiz final no Mundial. Elas sempre estão chegando nas finais, mas claro, que todas têm chance”.
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Mas as adversárias que se preparem. Porque aos 25 anos, Alana Maldonado se vê pronta para escutar o hino brasileiro em Tóquio e trazer para o Brasil esse tão sonhado ouro.
“A expectativa com certeza é ser ouro. E esse é o meu objetivo. Eu estou muito confiante, porque não é um trabalho realizado em seis meses, um ano antes dos Jogos. É um trabalho de longo prazo, a gente vem trabalhando forte. A equipe toda é sensacional, todo mundo se dedica para que nós atletas possamos conquistar esse nosso objetivo. Vou trabalhar, dar o meu melhor e fazer de tudo para trazer esse ouro para o judô feminino”, concluiu.