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Riskalla e Oliva buscam inédito ouro do hipismo paralímpico

Brasil tem quatro medalhas na modalidade, todas de bronze, realidade que Riskalla e Oliva, a um ano da estreia em Tóquio, querem mudar

Rodolpho Riskalla - Sérgio Oliva - Hipismo Tóquio-2020 - Jogos Paralímpicos
Rodolpho Riskalla foi vice-campeão mundial em 2018 (Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB)

Começou a contagem regressiva! Daqui exatamente um ano, o hipismo brasileiro fará sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 e dois cavaleiros querem fazer história. Rodolpho Riskalla e Sérgio Oliva garantiram as vagas para o Brasil e vão em busca do inédito ouro da modalidade. 

Tanto Riskalla, como Oliva têm boas chances de conseguir um lugar no pódio. Ambos têm experiência em Paralimpíadas e chegam ainda mais preparados para Tóquio depois de participações marcantes na Rio-2016. 

Sérgio Oliva, campeão mundial e com quatro Paralimpíadas no currículo, conquistou duas medalhas de bronze no Rio, uma no Adestramento grau IA e outra no Estilo Livre grau IA.

+Gerente na Dior em Paris, Riskalla quer o ouro em Tóquio

Ao mesmo tempo, Riskalla fez sua estreia em Jogos Paralímpicos apenas um ano após ter amputado a parte inferior das pernas, a mão direita e quase todos os dedos da esquerda, ficando logo na 10ª posição.

Quatro anos depois, Rodolpho Riskalla já é vice-campeão mundial, o quarto melhor atleta das Américas no ranking mundial e o 19º no geral. Aos 35 anos, ele se vê pronto para conquistar um bom resultado para o hipismo em Tóquio-2020. 

“A expectativa para Tóquio é grande, até porque a gente não tem certeza absoluta se vai acontecer ou não… Mas eu acho que vai e a gente tem que pensar positivo. O objetivo é estar lá brigando pelo ouro e acho que a gente tem toda possibilidade de conseguir. Eu tenho um cavalo muito bom, meu reserva também é muito bom… Então com ou outro, a gente tem chances de ouro e estamos trabalhando para isso”, destacou Riskalla em entrevista ao Olimpíada Todo Dia

Rodolpho Riskalla
Riskalla em sua estreia paralímpica na Rio-2016 (Washington Alves/MPIX/CPB)

Conquista da vaga

O Brasil não conseguiu ficar entre os sete melhores países do ranking da FEI (Federação Equestre Internacional) até janeiro deste ano. Assim, os brasileiros disputaram as vagas do ranking da América, justamente para atletas de países que não alcançaram a classificação por equipes. 

+Confira os brasileiros classificados para a Paralimpíada de Tóquio

Como Estados Unidos e Canadá ficaram no top 7 do mundo, Riskalla e Oliva são os dois próximos melhores atletas da América rankeados, assegurando os lugares em Tóquio. As vagas, inclusive, não sofrerão alterações pelo adiamento dos Jogos, uma vez que o ranking foi fechado antes do início da pandemia. 

Importância da medalha

Sérgio Oliva - hipismo Tóquio-2020
Sérgio Oliva foi bronze na Rio-2016 (Cleber Mendes/MPIX/CPB)

A estreia do hipismo em Paralimpíadas foi nos Jogos de Nova York-1984.  No entanto, com pouca popularidade, a modalidade ficou de fora da programação oficial até os Jogos de Sydney-2000. 

Oito anos depois, em Pequim-2008, o Brasil conquistou as primeiras medalhas, quando Marcos Fernandes Alves, o Joca, faturou duas de bronze, uma no estilo livre e outra na prática individual. No Rio, Sérgio Oliva repetiu o feito e, até hoje, esses são os melhores resultados do hipismo brasileiro em Jogos Paralímpicos. No olímpico, Rodrigo Pessoa foi ouro em Atenas-2004.

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Por isso, uma medalha do hipismo em Tóquio-2020 seria fundamental para que o esporte de consolide ainda mais no Brasil. “O movimento paraequestre está crescendo cada vez mais no Brasil e a gente precisa ter mais adeptos e mais atletas. E estar no pódio em um esporte que no Brasil não é popular, não tem muita ajuda, é muito importante. Então para o hipismo, não importa qual medalha for, vai ser importante e vai dar mais visibilidade não só para mim, mas para todo o esporte”, concluiu Rodolpho Riskalla.

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