As brasileiras Raissa Rocha e Fernanda Borges, do lançamento de dardo e lançamento de disco, têm muito mais em comum do que praticar modalidades do atletismo de campo. Em uma live entre os perfis do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e do Comitê Olímpico do Brasil (COB), as duas relembraram momentos marcantes de suas carreiras.
Mesmo técnico, mesmo CT
A baiana Raissa Rocha, 24 anos, e a gaúcha Fernanda Borges, 31, deixaram as famílias nas respectivas cidades interioranas para treinar em São Paulo com João Paulo Alves da Cunha.
“Quando me propuseram que me mudasse para treinar e falaram que era com o João Paulo, eu não pensei duas vezes e aceitei, porque sabia que com ele iria evoluir muito. Ele é um paizão para mim”, lembrou Raissa Rocha.
A lançadora de disco Fernanda Borges faz parte de um grupo de atletas olímpicos que treinam no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
“Aprendo muito com vocês [atletas paralímpicos]. Vão treinar com alegria todos os dias. Estão lá antes das 7h da manhã. Quando eu chego um pouco mais tarde, fazem piada perguntando se vim para o almoço. O clima é muito agradável. Tenho profunda admiração por vocês. Independentemente do que aconteça, me falam para seguir em frente e me dão força”, comentou a gaúcha.
Mesmos resultados positivos em 2019
A dupla de atletas também teve em comum bons resultados obtidos ano de 2019. Em Lima, no Peru, Raissa Rocha se sagrou campeã parapan-americana no lançamento de dardo.
“Eu sempre quis subir ao pódio e ouvir o hino do meu país. Olhar nos olhos do meu treinador, que estava tirando muitas fotos, e sentir que o dever foi cumprido independente de qualquer coisa, porque tudo pode acontecer em uma competição”, relatou Raissa, que ainda foi bronze no Mundial da modalidade em Dubai três meses depois.
Medalhas no Peru
Assim como Raissa, Fernanda Borges também conquistou uma medalha importante na capital peruana. A gaúcha levou o bronze no lançamento de disco nos jogos Pan-Americanos de Lima. Depois, no Mundial de Doha, no Catar, obteve um grande resultado ao ficar em sexto lugar.
“Eu estava em uma fase muito boa no Mundial. Queria ficar entre as 12 melhores e ir para a final e consegui. Então, quis ficar entre as oito e fiquei em sexto. Foi como se estivesse em primeiro. Foi muito mágico e especial. Eu fui com um objetivo na cabeça e cumpri a missão”, narrou Fernanda.