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Atletismo é terceira modalidade a retornar ao CT Paralímpico

Após natação e tênis de mesa, o atletismo, sob rígido protocolo sanitário, retorna às atividades no CT Paralímpico, em São Paulo

Atletismo retorna ao CT Paralímpico (Ale Cabral/CPB)

Mais de quatro meses. Esse foi o período que a pandemia do novo coronavírus deixou a seleção brasileira de atletismo longe da pista do CT Paralímpico, em São Paulo. Porém, essa espera de mais de 120 dias acabou na última quarta-feira (15).

Depois da natação e do tênis de mesa, parte da equipe da seleção brasileira de atletismo retornar aos treinos presenciais.

Na parte da manhã cinco atletas foram liberados para, respeitando um rígido protocolo sanitário, voltar aos treinamentos presenciais.

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Uma dessas atletas foi Lorena Spoladore, campeã mundial no salto em distância e medalhista de prata na Rio-2016 no revezamento 4 x 100 m.

“Passei por uma mistura de sensações. Deu para matar as saudades, voltar para casa e ficar bem mais aliviada também. Estar longe gera muita insegurança. Por mais que estivéssemos nos dedicando aos treinos em casa, sempre fica aquela dúvida. Mas aqui, na pista, com os técnicos, dá para se sentir bem melhor”, disse à “Agência Brasil” a atleta da classe T11 e F11 (deficientes visuais que correm ao lado do atleta-guia e usam o cordão de ligação nas provas de pista, e, no salto em distância, são auxiliados por um apoio).

“Em relação aos protocolos, foi tudo muito bem controlado. Logo na entrada medimos a temperatura, os batimentos cardíacos, que nem fazem parte do protocolo padrão, mas podem auxiliar. Depois teve higienização completa e o distanciamento social a ser respeitado entre cada um de nós. Máscaras também só eram liberadas durante a nossa permanência na pista”, completou Lorena Spoladore.

Atletismo retorna ao CT Paralímpico
Atletismo retorna ao CT Paralímpico (Ale Cabral/CPB)

Aos poucos

Nesse período inicial, além dos atletas, apenas dois treinadores tiveram o acesso liberado às dependências do CT, Fábio Dias e Everaldo Braz Lucio.

“Nessa volta, faremos um trabalho gradativo de equilíbrio muscular, juntando força com a fisioterapia. Eles vão passar também por treinos de bastante mobilidade e muita coordenação, além de educativos de corrida com alguns pequenos circuitos de abdominais”, disse Everaldo Lucio à “Agência Brasil”.

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Segundo o responsável pela área de saltos da seleção brasileira, 20 atletas fazem parte desse primeiro grupo: “Todos devem passar pelos protocolos pedidos pelo departamento médico para aí sim serem liberados para retornar aos treinos. É um processo bem longo. Por isso, nem todos voltaram aos trabalhos de pista nessa quarta. Porém, acredito que até sexta todos já estarão conosco”, completou.

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