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Paralimpíada Todo Dia

Vinícius Rodrigues quer trocar raiva por alegria em Tóquio

Mesmo com uma medalha de bronze em seu primeiro mundial, velocista se mostrou irritado com seu resultado em Dubai; objetivo é o ouro com recorde mundial em Tóquio

Vinícius Rodrigues logo após a medalha de bronze do Mundial de Dubai, em 2019 (instagram/viniciusbellator.rodrigues)

A sensação normal de um atleta após conquistar qualquer medalha em um campeonato mundial tende a ser a alegria, ainda mais se o triunfo vier logo na primeira participação na competição. Não foi o caso do recordista mundial nos 100 metros na categoria T63 e medalhista de bronze no mundial de Dubai, Vinícius Rodrigues.

Favorito à medalha de ouro nos Emirados Árabes Unidos, Vinícius correu os 100 metros em 12s38, seis centésimos atrás do dinamarquês Daniel Wagner, que ficou em primeiro, e quatro a mais do que o alemão Leon Schaefer, medalhista de prata com 12s34. Na saída da prova, o velocista se mostrou bravo.

“Estou com muita raiva. Vim para a medalha de ouro, estava me sentindo bem, mas larguei mal, e no fim não cheguei do jeito que gostaria”, comentou Vinícius Rodrigues à época.

Aprendizado

Em live realizada com Olimpíada Todo Dia nessa quinta-feira (2), Vinícius relembrou esse momento, citou o aprendizado e as estratégias para transformar a raiva do bronze em alegria do ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, os primeiros da carreira do velocista.

“Fiquei com raiva mesmo. Perguntaram ‘você tá como?’, e eu falei ‘tô bravo'[risos]. Fiquei a alguns décimos de segundo do ouro. Esse gostinho eu não vou querer de novo não,” comentou Vinícius.

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O atleta sabe exatamente o que deu de errado nos Emirados Árabes Unidos: a inexperiência em uma grande competição mundial e o seu jeito veloz demais de ser.

“Faltou ter competido com os outros. Nunca tinha competido junto com os outros. Chegar lá e correr pela primeira vez foi diferente. E eu também sou muito hiperativo e acelerado. Faltou um açaí também [risos],” brincou Vinícius Rodrigues.

Recordista mundial,  Vinícius Rodrigues era favorito no Mundial de Doha, mas acabou frustrado com o bronze. Em Tóquio-2021, quer trocar a raiva por alegria
Apesar de ter ficado com raiva, Vinícius também sorriu ao conquistar o bronze (instagram/viniciusbellator.rodrigues)

Sai a raiva, entra a alegria

Além de trocar o azul do cabelo por uma outra cor, Vinícius revelou que sabe o que tem precisa fazer para transformar o “fracasso” de Dubai em alegria nas Paralimpíadas de Tóquio, adiadas para 2021 por conta do coronavírus.

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“O objetivo é o ouro com recorde mundial. Correr a casa dos 11s90. Mas tenho que chegar um pouco mais calmo. A adrenalina de Dubai acabou não sendo muito boa. Acho que eu tenho que chegar mais calmo e dançar ali na hora do bloco,” finalizou Vinícius, fazendo uma referência a um dos seus maiores ídolos, a lenda do atletismo Usain Bolt, que sempre fazia uma leve brincadeira antes de suas históricas performances.

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