Há 10 anos, o goalball não era muito conhecido no Brasil. Mas em 2011, tudo mudou. Nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, no México, a seleção de goalball masculina conquistou a medalha de ouro e o primeiro resultado expressivo da modalidade. Em 2020, o Brasil já tem duas medalhas paralímpicas, é bicampeão mundial e é a maior potência do mundo. E quem fala sobre isso é justamente Leomon Moreno, o melhor jogador do planeta de goalball.
Em live da CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes), Leomon explicou, na sua opinião, como se deu essa ascensão meteórica do goalball e destacou a união da modalidade.
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“Tem uma união muito grande entre a modalidade, o goalball brasileiro é muito unido. São muitas equipes que competem entre si e todas querem ganhar, mas quando fala em ação em conjunto, o goalball se une, divulga, corre atrás… E essa união reflete na seleção brasileira. Nossa seleção é muito unida! Todos se esforçam, desde quem entra da base, a diretoria, a CBDV se esforçam muito para esse crescimento”, destacou Leomon.
“Há anos atrás a gente não tinha oportunidade de participar das competições internacionais e hoje temos feito vários campings, trocas de experiencias. Todas essas ações e atitudes vão fortalecendo os elos para chegar até o topo do ranking. Mas a gente não pode se acomodar”, completou.
A cereja do bolo
Apesar do crescimento do goalball em um curto espaço de tempo, ainda falta uma coisa: a medalha de ouro na Paralimpíada. Depois de bater na trave com a prata em Londres-2012 e com o bronze na Rio-2016, Leomon sonha em conquistar a cereja do bolo da seleção e da sua carreira para lá de vitoriosa em Tóquio-2020.
“O nosso maior sonho é botar a mão nessa medalha de ouro paralímpica. A gente a tem prata e o bronze e só falta essa para completar. Sabemos que a gente cresceu muito nos últimos anos, mas não podemos ter esse conformismo… A gente quer muito essa medalha, vai ser a cereja do bolo e com certeza vai ser muito bem saboreada. O projeto era ganhar em casa, mas como não deu, adiamos o sonho pra 2020 e agora mais um ano pra 2021. Mas vamos chegar em Tóquio com sede de ouro”.
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E falando em adiamento do sonho, Leomon disse ainda que concordou com a decisão de passar a Paralimpíada para 2021 e que, com isso, a seleção de goalball vai chegar ainda mais forte na busca pelo sonho do ouro.
“A gente entende que é uma preocupação realizar a Paralimpíada. Um evento como esse não é qualquer coisa… Mas a gente tem que ver também que por agora não teria como realizar essa competição e nenhuma outra. Porque o terror desse vírus é a aglomeração. A Olimpíada não pode ser uma válvula para disseminar mais o vírus. Então o adiamento foi aplaudido por atletas, técnicos, porque estava todo mundo preocupado em como se preparar para a Paralimpíada… A preparação estaria comprometida. Isso deu um folego a mais para gente e vamos conseguir nos preparar ainda melhor para representar nosso país”.