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Mizael Conrado condiciona Jogos à vacina contra a Covid-19

Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro enxerga saúde dos paratletas como prioridade para realização das competições

Dirigente não vê possibilidade de Jogos sem vacina até dezembro de 2020 (Marcos Corrêa/PR)

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, entende que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio estão condicionados à vacina contra o novo coronavírus. A pandemia sanitária já provocou o adiamento dos eventos, inicialmente previstos para 2020.

“Tenho observado com bastante preocupação e temos uma posição bem concreta. Basicamente, o que a gente entende é bastante simples e objetivo. Nosso pensamento é que se não houver uma vacina aprovada até dezembro deste ano, não haverá Jogos em 2021”, disse Mizael Conrado à Agência Brasil. “Digo isso não só com relação à Paralimpíada mas à Olimpíada também. Entendo que é um problema de saúde pública e afeta toda a sociedade”.

O adiamento dos Jogos foi anunciado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 24 de março. Quatro dias antes, Mizael Conrado havia declarado ser contrário à realização dos eventos em 2020, em meio à pandemia. A Olimpíada foi remarcada para ocorrer entre 23 de julho a 8 de agosto de 2021. Já a Paralimpíada será de 24 de agosto a 5 de setembro, também do ano que vem.

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Pode não acontecer

O presidente do COI, Thomas Bach, admitiu em entrevista à rede britânica BBC que as disputas em Tóquio podem ser canceladas se a Covid-19 não estiver controlada até lá. Discurso semelhante ao do mandatário do Comitê Organizador dos Jogos Olímpcios, Yoshiro Mori, que reconheceu, em declarações aos diários japoneses Nikkan Sports Kyodo News, a possibilidade de os eventos não ocorrerem.

Antes de a Olimpíada ter a data alterada, comitês olímpicos e paralímpicos pelo mundo chegaram a anunciar que não participaram dos eventos em razão do novo coronavírus. Perguntado se o CPB pensa em adotar posição semelhante, caso a Paralimpíada seja mantida para 2021 mesmo sem a vacina, Mizael Conrado afirmou que a entidade não discute essa possibilidade.

“Não pensamos nisso porque acreditamos muito na responsabilidade dos movimentos olímpico e paralímpico internacionais. Tenho absoluta certeza de que se houver qualquer risco à saúde dos atletas, as nossas organizações e representações internacionais adotarão as medidas necessárias para garantir a segurança”.

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