Diante da pandemia do coronavírus e a recomendação de isolamento, muitos atletas estão treinando em suas casas. É o caso de Alexandre Galgani, do tiro esportivo, o primeiro atleta do Brasil no esporte paralímpico individual a garantir vaga para a Paralimpíada de Tóquio 2020.
A classificação aconteceu em fevereiro de 2019 e, desde então, Galgani vem se preparando para brigar pelo pódio. Com o adiamento da Paralimpíada para 2021 por causa do coronavírus, ele explica que foi preciso ampliar o período de treino em casa e também a quantidade de munições. O atleta conta, assim, com o apoio da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos).
Apesar do adiamento da Paralimpíada de Tóquio ter sido ruim na opinião de Alexandre Galgani, o atirador está confiante. “Eu estava no auge do meu treinamento. Agora, tenho que manter o nível e a média de pontuação para conquistar a meta de ir para a final nas três provas. Para isso, preciso fazer um bom trabalho em casa nesse período de quarentena”, afirmou.
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Classificado para três provas em Tóquio, o atleta treina agora, portanto, em um estande de tiro montado no quintal de sua casa em Sumaré (SP). Galgani perdeu parte dos movimentos dos membros aos 18 anos após bater a cabeça no fundo de uma piscina e lesionar sua coluna. Assim, por possuir dificuldades de locomoção, o local foi criado há um ano e meio para solucionar o problema da distância de 40 quilômetros entre a sua residência e o estande de tiro mais próximo, localizado em Campinas (SP).
Seus treinos incluem, portanto, um alvo eletrônico, acionado por tiros com chumbinho, e por Scatt, um sistema que permite a prática conhecida como “tiro a seco”, realizada sem munição, para treinar e melhorar a técnica do esporte, que vai além da mira. Um dispositivo é acoplado, assim, no cano da arma e o tiro, sem munição, é dado em direção a um alvo em uma parede. No computador, o Scatt aponta a pontuação e dados como o tempo de acionamento e a posição da ama.