A nadadora paralímpica colombiana Paola Mosquera vem praticando um ato muito nobre durante a pandemia do novo coronavírus. Formada em medicina, a atleta trocou o confinamento em casa pela linha de frente do combate ao vírus nas salas de emergência de um hospital de Bogotá.
+ SIGA O OTD NO FACEBOOK, INSTAGRAM, TWITTER E YOUTUBE
“As piscinas me dão a liberdade de expressão, mas ajudar as pessoas como médica me traz o maior prazer do mundo,” declarou a nadadora em entrevista à World Pro Swimming.
Paola Mosquera sabe que atuar na linha de frente do combate ao coronavírus não é fácil e traz uma série de desafios e riscos. A atleta disse entretanto que os conhece e que conta com o apoio de casa.
“Minha família me apoia. Minha mãe fica obviamente preocupada e me diz para tomar o máximo de cuidado possível, para não me expor muito nessa pandemia. Ela também me lembra que em casa há pessoas esperando pro mim, além do meu gato e do meu cachorro.”
Mosquera, cuja perna esquerda foi amputada quando ela ainda era uma criança, é nadadora há 18 anos.
“Eu comecei no esporte após ler uma notícia de que recomendava uma academia para pessoas com deficiência física. Lá, entrei em contato com vários esportes paralímpicos. Mas me apaixonei mesmo pela natação,” contou a colombiana.
Treinos em casa continuam
Se engana quem pensa que Paola Mosquera tenha parado de treinar para ajudar os pacientes infectados pelo coronavírus no hospital. A atleta está com a rotina muito intensa, treinando em casa pela manhã e indo para a sala de emergência a noite.
“Não é nada fácil, mas eu consegui. Eu entendi que isso é um comprometimento com o setor de saúde e com o esporte. Eu acordo, treino com meu técnico depois vou trabalhar como médica. Ambas as profissões precisam de disciplina e responsabilidade,” concluiu Paola Mosquera.