O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou nesta segunda-feira (6) o lançamento do Programa de Acompanhamento aos atletas paralímpicos neste período de quarentena por causa da pandemia de coronavírus. O projeto tem como objetivo determinar um hábito de trabalhos nesta fase de isolamento. E os atletas Verônica Hipólito, do atletismo, e Matheus Rheine, da natação, aprovaram a iniciativa e apontaram os benefícios.
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“Os atletas vivem realidades muito diferentes. E o projeto foi elaborado pensando nisso. Então, haverá atividades exclusivas para atletas que moram na cidade, no interior e no litoral. Os treinos também serão distintos para quem mora em apartamento ou casa. O fato de individualizar este acompanhamento de acordo com o tipo de isolamento do atleta contribuirá bastante para que mantenhamos em atividade e mais tranquilos com a nossa preparação”, apontou Verônica Hipolito, que compete nos 100m e 200m pela classe T37.
“Essa iniciativa do atleta poder treinar em casa, com os exercícios pré-elaborados com o conhecimento específico para cada situação, será muito importante para este momento e até para o restante das nossas vidas. Agora é colocar esta programação em prática para me manter preparado. Estou feliz com esta nova dinâmica que teremos”, disse o nadador Matheus Reine, da classe S11.
O programa será administrado e conduzido pelo departamento de Ciência do Esporte. O intuito é monitorar os impactos da perda de condicionamento dos atletas nesta etapa em que os locais de treinos estiverem indisponíveis. O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, finalizou as atividades em meados de maio e, desde então, os competidores regressaram às suas cidades e estavam treinando somente com orientações dos treinadores.
Atletismo e natação serão os primeiros beneficiados
Por volta de 80 atletas da natação e do atletismo serão os primeiros beneficiados com os conteúdos deste projeto. A proposta é que, em seguida, o programa seja apresentado às confederações de outras modalidades para ajudar os outros membros da seleção brasileira na elaboração nos procedimentos físicos.
“Os atletas estavam se expondo ao risco de buscarem locais para treinamentos. Com este programa, podem ficar mais tranquilos. O Comitê Paralímpico Brasileiro vai oferecer apoio neste momento difícil e de incerteza que todos temos vivido. Tão logo a pandemia seja superada, as instalações do nosso CT Paralímpico e demais equipamentos esportivos espalhados pelo país voltarão a ficar disponíveis”, afirmou Mizael Conrado, presidente do CPB.
A entidade colocará a disposição de seus atletas um time de profissionais de alto rendimento com a presença de fisiologistas, preparadores físicos, nutricionistas, treinadores e psicólogos. Os especialistas farão videochamadas individualizadas ou em pequenos grupos para analisarem as particularidades de cada atleta e, com isso, elaboraremr uma agenda que contemplará treinos, dietas nutricionais e sessões de terapia com psicólogos.
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“Este programa fará com que os atletas não se sintam abandonados neste período, além de evitar que sejam elaborados treinos sem nenhuma orientação técnica. Com isso, vamos prevenir lesões e permitir que eles retornem, após a pandemia, com as condições físicas e mentais próximas ao ideal. Neste momento, o ganho de peso é a nossa maior preocupação em relação aos atletas”, explicou Alberto Martins, o diretor técnico do CPB.