“O coração está a mil”. Não é para menos. Jerusa nasceu totalmente cega. Ao longo da vida, fez algumas cirurgias que possibilitaram que ela enxergasse um pouco, mas aos 18 anos voltou a perder totalmente a visão. Conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos a convite de um amigo também deficiente visual. Em 2019, conquistou ouro nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima e ouro nos 100m no Mundial de Atletismo, em Dubai.
“Esse ano foi de muitas conquistas, eu fui melhorando a cada competição que eu participava, batendo o recorde mundial, ganhando o ouro no Parapan e no Mundial de Dubai”.
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O recorde mundial foi batido na abertura do Campeonato Brasileiro de Atletismo, no CT Paralímpico, em São Paulo. Jerusa estabeleceu-se como a atleta mais veloz da história de sua classe (T11), ao cumprir os 100m em 11s85 – seis centésimos melhor do que a marca da britânica Libby Clegg (11s91) nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. “Agradeço a todo mundo do meu time, que me acompanha o tempo inteiro. A gente treinou bastante exatamente para isso. É um sonho ter esse recorde mundial e ser a primeira cega do Brasil a correr os 100m na casa de 11 segundos. Isso me deixa muitíssimo feliz”, disse a atleta de 37 anos.
Só que 2019 já é passado. 2020 teremos os Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 e Jerusa quer seguir no topo. “Agora que venha Tóquio 2020, eu já consegui o índice no campeonato brasileiro, que venha 2020, e que eu consiga manter os meus resultados e me mantenha”.
