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Petrúcio e Pedrinho: parceria que vale ouro

Há seis anos juntos, Petrúcio Ferreira e Pedrinho formam uma dupla para lá de vencedora, que ainda sonha em conquistar mais feitos no para atletismo

Petrúcio e Pedrinho
(Foto: Daniel Zappe/Exemplus/CPB)

Melhor atleta e melhor técnico de 2019. Petrúcio Ferreira e Pedrinho tiveram um ano inesquecível. Juntos, conquistaram dois ouros e uma prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima e dois ouros no Mundial de Atletismo, em Dubai, onde Petrúcio se tornou o atleta paralímpico mais rápido do mundo. 

A parceria entre eles começou lá atrás, há seis anos, e segue rendendo frutos. Mas ela vai muito além das pistas de atletismo.

“Eu aprendo muito com o Petrúcio. Primeiro que ele é um grande amigo, uma pessoa que tem uma visão além do seu tempo, uma percepção incrível, com uma capacidade de compreender e apontar caminhos. E mais, tem uma coisa que eu acho extraordinária nele:o senso crítico. Uma sensatez, um senso de justiça enormes”, elogiou Pedrinho em entrevista ao Olimpíada Todo Dia

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“Eu nunca encontrei alguém que fosse tão fiel a mim e ao meu trabalho como o Petrúcio. Sou muito honrado de poder desenvolver esse trabalho com ele, porque tem um outro sabor trabalhar com alguém que tem um apreço pela minha pessoa. Isso me deixa cada vez mais motivado para trabalhar com ele e orgulhoso”

Motivação, inclusive, é o que não falta. Se 2019 foi especial, 2020 pode ser ainda mais. No ano que vem, a dupla de ouro vai encarar mais um grande desafio: as Paralimpíadas de Tóquio. E mesmo com todas as conquistas, as metas e sonhos de Petrúcio e Pedrinho seguem mais vivos do que nunca. 

“O ano de 2019 me deu um gás a mais e a temporada 2020 já começou. A gente sabe que o nível de competitividade vai ser bem maior e por isso a intensidade dos treinos aumentou para a gente se preparar melhor. O objetivo maior é subir no ponto mais alto do pódio e quem sabe conseguir mais uma vez baixar meu próprio tempo”, pontuou Petrúcio.

“O sonho é que ele continue baixando esses tempos, fazer com ele seja por muitos e muitos anos o paratleta mais rápido do mundo. Isso é uma meta, não sei se eu vou conseguir, mas vamos trabalhar muito para tirar o máximo dele. Só que eu não quero tirar isso do dia para noite e sim devagarzinho, para distribuir isso em uma linha do tempo e tentar levar por mais quatro, oito anos, quem sabe”, completou Pedrinho.

O caça-talentos

Os feitos e os pupilos de Pedrinho, porém, não param por aí. Ele também treina Joeferson Pereira e Cícero Nobre, que tiveram um 2019 igualmente especial e vitorioso. 

Joeferson faturou uma medalha prata no Mundial de Dubai, e Cícero Nobre foi campeão mundial e bateu o recorde mundial no lançamento de dardo.

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