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Claudiney Batista vai favorito ao terceiro Mundial de Atletismo

Atual recordista mundial e campeão paralímpico no lançamento de disco, brasileiro buscará confirmar seu status no Oriente Médio

Claudiney Batista é ouro no Mundial de Atletismo Paralímpico ao vivo jogos paralímpicos tóquio-2020
(Saulo Cruz/EXEMPLUS/CPB)

Aos 40 anos, o brasileiro Claudiney Batista se prepara para disputar seu terceiro Campeonato Mundial Paralímpico de Atletismo da carreira. A competição acontecerá em Dubai, Emirados Árabes, de 7 a 15 de novembro. Ele é um dos 43 atletas convocados para o principal evento da modalidade deste ano. Atual recordista mundial e campeão paralímpico, ele buscará confirmar seu status no Oriente Médio.

“Sou o atual recordista mundial no disco e espero igualar e até superar a minha marca lá em Dubai”, disse Claudiney, campeão paralímpico do disco F56 no Rio 2016 e campeão parapan-americano da mesma prova, em Lima 2019.

O recorde mundial do lançamento de disco, na classe F56, é de 46,68m feitos no Open Internacional Loterias Caixa de Atletismo no ano passado no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.

Aos 25 anos, Claudiney pilotava uma motocicleta, à noite, e um carro na contramão o atropelou. O acidente fez com que ele perdesse a perna esquerda por completo. Quase dois anos depois, ele conheceu o esporte paralímpico e ingressou nas provas de campo do atletismo.

Antes do acidente, ele era halterofilista e instrutor de academia. Atividades que lhe proporcionaram um físico apto para as provas de campo. Um ano depois de perder a perna ele começou a usar prótese. “Sentia falta das mãos livres para poder auxiliar os alunos na academia e a prótese me proporcionou isso. O processo de adaptação não é fácil, senti dores, desconfortos, mas hoje a uso o dia inteiro.”

Em 2011, Claudiney recebeu a sua primeira convocação para a Seleção Brasileira, para os Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011. No currículo, exibe ainda dois Jogos Paralímpicos (Londres 2012 e Rio 2016) e o Mundial deste ano será seu terceiro (Lyon 2013 e Doha 2015).

A reta final da preparação envolve treinos diários de aproximadamente seis horas entre academia, campo e recuperação muscular na fisioterapia. Para atividades cotidianas e treinos de academia, Claudiney utiliza a prótese, mas para uma melhor performance nas provas, ele não a usa no campo. Pela regra da modalidade, os atletas que possuem amputação de membro inferior só podem competir utilizando uma cadeira feita sob medida e de acordo com especificações.

Com altas temperaturas desérticas, Dubai exige que os atletas se preparem além dos treinos para competir. “O nutricionista tem nos orientado bastante quanto a hidratação e tipos de alimentos indicados para o calor de lá, tudo para não passarmos mal ou ficarmos desidratados. Já competi em climas como o de lá, em Doha 2015, e o meu corpo ficou bem com o calor, vamos ver como vai ser agora”, comentou o esportista.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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