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Prata no Rio, Evânio Rodrigues quer novo pódio em mundiais

Brasileiro compete no mundial de halterofilismo paralímpico nesta quarta no Cazaquistão após período de treinos em Itu

Evânio Rodrigues Mundial de Halterofilismo paralímpico-Sultan
Evânio Rodrigues em treinamento durante o Mundial de Nur-Sultan (Ivo Felipe/CPB)

Medalhista de prata nos Jogos do Rio 2016, Evânio Rodrigues sobe nesta quarta-feira, 16, ao palco do Congress Center, em Nur-Sultan, no Cazaquistão, em busca de sua segunda medalha em um Mundial de Halterofilismo Paralímpico.

Bronze na Cidade do México, em 2017, o baiano de Cícero Dantas aposta em um período intensivo de treinos que realizou em Itu, no interior paulista, para voltar ao pódio da competição internacional. A prova de Evânio Rodrigues na categoria até 88kg tem início marcado para as 8h30 (de Brasília). O Mundial de Halterofilismo Paralímpico vai até 20 de julho e conta com 11 brasileiros entre os 488 atletas de 76 países.

Para repetir o sucesso dos últimos eventos, Evânio Rodrigues passou 20 dias acompanhado de perto pelo treinador Valdeci Lopes, da Seleção Brasileira da modalidade. A intenção era realizar os ajustes técnicos finais para o principal evento deste ciclo paralímpico. Vale ressaltar que o Mundial de Halterofilismo Paralímpico de Nur-Sultan é passagem obrigatória aos atletas que visam classificar-se aos Jogos de Tóquio 2020.

“A minha expectativa é muito positiva para este Mundial. Estou muito bem preparado, principalmente por este período de treinamento intensivo que passei em Itu. Quero dar 100% aqui e conseguir uma boa colocação em mais um Mundial”, disse Evânio Rodrigues , que sofreu poliomielite aos seis meses de idade, o que resultou em um encurtamento da perna direita.

“O Mundial é considerado o evento mais difícil para se obter medalha, uma vez que cada país pode levar até dois atletas por categoria. Os treinamentos específicos que fizemos eram direcionados a correções técnicas pequenas, mas que lhe darão alguns quilos a mais que podem fazer a diferença em uma competição tão acirrada”, complementou Valdeci.

Alarme e atraso no Mundial de Halterofilismo Paralímpico

Além de Evânio Rodrigues, Mariana D’Andrea também compete nesta quarta-feira, a partir da 1h. Ela competiria originalmente nesta terça-feira, na categoria até 67kg. No entanto, um alarme de incêndio no Congress Center adiou a competição em algumas horas. A organização do evento teve de reajustar o calendário de disputas e a prova da paulista de Itu teve de ser postergada.

Após a readequação, apenas o paraibano Ailton Andrade, 34, competiu pelo Brasil em Nur-Sultan. Ele queimou as três tentativas que fez na categoria até 80kg masculina e ficou distante da briga por medalhas.

O Brasil já tem três medalhas nesta edição, todas no Mundial Júnior. Lucas Manoel (ouro até 49kg), Marcos Terentino (ouro até 54kg) e Vinicius Freitas (prata até 80kg) já subiram ao pódio. Em 2017, no Mundial do México, foram ao todo quatro medalhistas: Lucas Manoel (ouro), Mateus de Assis (prata) e Vitor Afonso (bronze) entre os jovens, e, ainda, o bronze obtido pelo baiano Evânio Rodrigues, na divisão até 88kg, entre os adultos.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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