Nesta semana, o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo (SP), recebeu atletas da Seleção Brasileira sub-18 de natação para treinos e avaliações. As atividades, que são feitas em conjunto, foram montadas por técnicos convocados e contam com o apoio de Leonardo Tomasello, técnico-chefe da modalidade pelo CPB. Além dos treinos, os nadadores fazem avaliações na piscina e no Laboratório de Ciência do Esporte do CT. O objetivo é trabalhar a transição dos jovens atletas para o esporte de alto rendimento.
“Nós procuramos trazer quem consideramos melhores nas Paralímpiadas Escolares ou em outras competições do Comitê Paralímpico Brasileiro e que pode vir a ser um grande atleta”, explica Leonardo Tomasello.
Com as avaliações, é possível acompanhar o desempenho e desenvolvimento dos atletas a cada seis meses e verificar sua evolução. As informações são repassadas para seus técnicos, que conseguirão tornar os treinos mais efetivos.
Segundo Tomasello, a ideia é começar a treinar os nadadores mais cedo. “Estávamos começando a trabalhar os atletas muito tarde. Quando começavam a dar resultado, já estavam com 30 anos. Se as avaliações e treinamentos começam antes, é possível que eles se tornem atletas de alto nível e cheguem à Seleção Brasileira, por exemplo, ainda mais cedo.”
Bate-papo com referências
Além de treinos e avaliações, os jovens participam de bate-papos com atletas paralímpicos. Ruiter Silva, vencedor da prata na modalidade 4x100m livre nos Jogos Paralímpicos do Rio e Joana Neves, que além de trazer a prata na categoria 4×50 livre misto nos Jogos do Rio, foi eleita melhor nadadora paralímpica do Brasil no Troféu Best Swimming, conversaram com eles, contando suas experiências e dando dicas.
A intenção é fazer um intercâmbio de quem está chegando com quem está no alto nível para que os jovens atletas tenham uma referência de qual caminho seguir.
Para Jenifer Rocha, uma das nadadoras da Seleção sub-18, Ruiter e Joana passaram sua experiência e conseguiram motivar os jovens. “Eles já passaram por tudo isso e tiveram um longo caminho pela frente até serem medalhistas paralímpicos e mundiais. Nós temos que estar sempre treinando e dando melhor na água. Não é fácil, mas vai valer a pena”, afirma a atleta.