Israel Stroh teve um ano de 2018 um pouco diferente dos anteriores. Dono da única medalha do Brasil no tênis de mesa, tanto em Olimpíada como em Paralímpiada, o atleta contou em entrevista para o Olimpíada Todo Dia que usou a temporada que se encerrou como uma adaptação para as novas responsabilidades, manutenção e preparação de seu jogo para os próximos anos.
“2018 foi um ano muito duro, um ano de novas responsabilidades. A medalha de prata na Rio 2016 me colocou em um patamar maior, mas me trouxe novas obrigações e foi um ano para me adaptar a elas, me preparar e trazer novas condições para estar pronto para esse ciclo de Tóquio 2020. Foi um ano de manutenção no ranking mundial, mas de evolução física e técnica para os próximos dois anos”, comentou Israel Stroh.
Com o fim de mais uma temporada, Israel Stroh já começa a projetar os próximos anos de sua carreira. Em 2019, as competições começam a garantir vagas para a Paralimpíada de Tóquio 2020, o que é o grande objetivo do atleta brasileiro no ano.
“Esses próximos dois anos são muito duros, bem puxados. Em 2019 temos que buscar a classificação para Tóquio, então não podemos falhar, temos que ter uma preparação mais fina, mas completa para entrar bem logo cedo. Temos os Jogos em Lima, que é um caminho para o Japão, pelo ranking mundial estaria classificado, mas é um ano para conseguir carimbar o passaporte pra Tóquio, para que em 2020 consiga fazer uma história bacana”, disse Israel
Diferente do que acontece com a maioria dos atletas, Israel Stroh começou tarde e em outra modalidade no esporte. O primeiro contato com o tênis de mesa aconteceu com 13 ou 14 anos, quando ainda disputava as modalidades olímpicas. Quando tinha 20 anos, teve a constatação de paralisia cerebral e decidiu migrar para o esporte paralímpico.
“Sou formado em Jornalismo e depois da descoberta da paralisia eu decidi voltar para o esporte. Após uma pesquisa eu vi que poderia ter uma carreira competitiva no tênis de mesa e em 2016 no Rio de Janeiro eu conquistei a medalha de prata, que foi a primeira da história do país em Olimpíada ou Paralimpíada, mas por não ter sido a de ouro me fez sonhar com o primeiro lugar em Tóquio 2020”, comentou o paratetla
O grande objetivo de Israel Stroh é claro: o ouro em Tóquio 2020. Para que isso aconteça, o brasileiro não tem medido esforços. “Vivo 24h por dia pensando no ouro em Tóquio. Durmo na hora que mandam, acordo, como só o que deixam, pensando nela. Não só pelo sonho, mas por ter a possibilidade real de se fazer história. Os jogos do Rio de Janeiro me mostraram essa possibilidade e eu to apostando nela, eu estou acreditando que isso é possível e eu to fazendo o máximo para chegar lá e ser merecedor”, finalizou Israel Stroh.