Os quase mil inscritos na 12ª edição das Paralimpíadas Escolares 2018, cujas competições tiveram início na manhã desta quarta-feira, 21, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo (SP), terão uma experiência ainda mais próxima à rotina de um atleta de alto rendimento. Pela primeira vez, os jovens estão sendo avaliados pelo departamento de Ciência do Esporte do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a fim de detectar talentos e melhor direcioná-los na carreira esportiva.
O maior evento esportivo do mundo para pessoas com deficiência em idade escolar se estenderá até a sexta-feira, 23. Ao todo, estão inscritos 989 atletas de 23 Estados e do Distrito Federal. Os profissionais de imprensa interessados em cobrir as Paralimpíadas Escolares devem requisitar credenciamento pelo e-mail imp@cpb.org.br.
As avaliações tiveram início no último domingo, 18, e seguirão até o fim da semana. Os jovens têm passado por testes de salto, velocidade, força e precisão, além de antropometria, para determinar medidas corporais. Em seguida, são encaminhados para uma bateria específica do respectivo esporte. Este tipo de trabalho, atualmente, é realizado apenas com os principais nomes das Seleções que representam o Brasil.
“O objetivo das avaliações durante as Paralimpíadas Escolares é conseguir passar os resultados de capacidades físicas básicas aos atletas e, mais do que isso, começarmos a entender quem eles são e onde estão os talentos. Só vamos saber os dotes específicos de cada um com estes testes. Não é um trabalho do qual vamos colher frutos agora em Tóquio 2020, mas com certeza auxiliará o Comitê a atingir suas metas esportivas em Paris 2024 e Los Angeles 2028”, disse Ciro Winckler, coordenador de Ciência do Esporte do CPB.
Nesta quarta-feira, oito modalidades abriram o programa de competições das Paralimpíadas Escolares. Atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de 5, futebol de 7, goalball, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado tiveram os seus primeiros campeões. Na parte da tarde, judô, natação e tênis de mesa também terão as suas disputas iniciais. As 11 modalidades ofertadas nas Escolares 2018 recebem crianças de 12 a 17 anos.
Diversos talentos do paradesporto brasileiro já passaram pelas Escolares, como os velocistas Alan Fonteles, ouro em Londres 2012, Verônica Hipólito, prata no Rio 2016, e Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m (classe T47); o nadador Talisson Glock, prata no Rio 2016; o jogador de goalball Leomon Moreno, prata no Jogos de Londres e bronze no Rio 2016; a mesa-tenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016, entre outros.
As Paralimpíadas Escolares contam com o apoio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo.
Serviço
Data: 21 a 23 de novembro
Cidade: São Paulo (SP)
Local: CT Paralímpico Brasileiro, em São Paulo – Rodovia dos Imigrantes, km 11,5 (ao lado do São Paulo Expo)