Pela primeira vez, o parabadminton integra o programa das Paralimpíadas Escolares. A modalidade estreante tem 36 competidores entre os cerca de 1.220 atletas participam do evento, vindos de 26 estados e do Distrito Federal. A competição segue até esta sexta-feira, 22, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
A delegação de Santa Catarina conta com quatro jogadores de badminton. Um deles é Leonardo França, 14 anos, que disputa na classe SS6 para atletas com nanismo. “Um professor da escola me chamou para jogar badminton e tem só dois meses. Antes eu fazia atletismo”, relatou o jovem que cursa o sétimo ano do Ensino Funtamental.
Natural de Maravilha, Santa Catarina, Leonardo ainda disputará sua medalha nesta sexta-feira, 22. “É uma experiência nova estar aqui, porque é outra rotina. O que eu mais gostei mesmo foi de competir”, comentou animado.
Quem também pratica a modalidade há menos de um ano é Lariane Campos, 15 anos. Natural de Três Lagoas ela compõe a delegação do Mato Grosso do Sul. “Esta é minha primeira competição. É muito legal, estou impressionada com o tanto de gente. Na minha escola só tem eu e uma menina que usa cadeira de rodas”, comentou Lariane que tem má-formação no braço esquerdo.
O parabadminton fará sua estreia no programa dos Jogos Paralímpicos na edição de Tóquio 2020. A modalidade fez sua estreia também nos Jogos Parapan-Americanos, em Lima, e o Brasil levou dez medalhas: quatro ouros, quatro pratas e dois bronzes.
As Paralimpíadas Escolares são consideradas o maior do mundo para pessoas com deficiência em idade escolar. Neste ano, são ofertadas 12 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas (formato 3×3), bocha, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, judô, natação, parabadminton, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. A faixa etária contemplada para as disputas é de 12 a 17 anos.
Além da briga por medalhas, a coordenação técnica do Comitê Paralímpico Brasileiro avaliará os atletas para selecionar os participantes do Camping Escolar Paralímpico 2019, projeto que promove semanas de treinamento intensivo e de alto rendimento para os contemplados.
Talentos do paradesporto brasileiro já passaram pelas Escolares, como os velocistas Alan Fonteles, ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, Verônica Hipólito, prata no Rio 2016, e Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m (classe T47); o nadador Talisson Glock, prata no Rio 2016; o jogador de goalball Leomon Moreno, prata no Jogos de Londres e bronze no Rio 2016; a mesa-tenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016, entre outros.